Diretor de tele deveria ter vergonha de andar na rua e de falar em público
O livre mercado de conectividade no Brasil falhou, é uma piada de mau gosto
Ontem, esteve na reunião-almoço da Federasul em Porto Alegre, o diretor da Oi, Luiz Falco.
Veio criticar o PNBL - Plano Nacional de Banda Larga - do governo federal, embora tenha confessado que não o conhece bem.
Falco disse que "se o governo optasse pela Oi para implantar seu programa, a empresa teria capacidade de aumentar a instalação de pontos de banda larga dos atuais 1,2 milhão por ano para até 3 milhões". Para o diretor da Oi, "há dois Brasis, o das áreas urbanas, onde há concorrência entre as operadoras, e o da universalização, que as empresas não atendem porque a quantidade de clientes não compensa", conforme matéria de Zero Hora, de hoje, página 20 (fac-símile acima).
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Veja como ZH faz jornalismo de compadre, já que a Oi é um dos grandes anunciantes do grupo midiático RBS:
O diretor de uma operadora de telefonia e conectividade dá uma palestra marqueteira, só para se queixar do PNBL e reivindicar um latifúndio maior na concessão que tem, e o jornal não produz um hífen sequer para criticar esse ganhador de dinheiro fácil.
Luiz de Falco deveria ter vergonha de andar na rua e falar em público, como fez ontem na Federasul e sua platéia de sub do sub.
Basta ler o Comunicado 46 do Ipea para saber que os serviços concedidos (privados) de conectividade no Brasil estão abaixo da crítica. São muito caros e muito ruins.
Repito: Luiz de Falco deveria ter vergonha de andar na rua e falar em público.
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Veja como ZH faz jornalismo de compadre, já que a Oi é um dos grandes anunciantes do grupo midiático RBS:
O diretor de uma operadora de telefonia e conectividade dá uma palestra marqueteira, só para se queixar do PNBL e reivindicar um latifúndio maior na concessão que tem, e o jornal não produz um hífen sequer para criticar esse ganhador de dinheiro fácil.
Luiz de Falco deveria ter vergonha de andar na rua e falar em público, como fez ontem na Federasul e sua platéia de sub do sub.
Basta ler o Comunicado 46 do Ipea para saber que os serviços concedidos (privados) de conectividade no Brasil estão abaixo da crítica. São muito caros e muito ruins.
Repito: Luiz de Falco deveria ter vergonha de andar na rua e falar em público.
E ontem, foi aplaudido na Federasul, pelos chamados "empreendedores" que lá mastigavam o seu almoço-reunião.
O Rogério Santanna, presidente da Telebrás, na mesma hora, estava ontem no Senado dando depoimento sobre os planos da empresa estatal que dirige e a expectativa do PNBL.
O Rogério Santanna, presidente da Telebrás, na mesma hora, estava ontem no Senado dando depoimento sobre os planos da empresa estatal que dirige e a expectativa do PNBL.
Santanna foi enfático: "as operadoras vivem hoje numa zona de conforto, gozando de um acordo de mediocridade" com o objetivo de ganhar muito dinheiro e oferecer serviços abaixo da crítica.
Silvio Lemos Meira, ex-pesquisador do CNPq e um sujeito conhecido e consagrado no mercado de TI, portanto não é nenhum ultra ou tresloucado, é outro que critica duramente as operadoras de telefonia/banda larga.
Silvio diz o seguinte: "Nos últimos dez anos, regredimos mais de 20 posições nos índices de quantidade e qualidade da infraestrutura digital. Não que o Brasil estivesse indo para trás de forma acelerada. O que a década de queda - do 38º para o 59º lugar no Network Readiness Index do World Economic Forum, por exemplo - quer dizer é que outros países se moveram muito mais rápido. E isso é um problema, agora e no futuro próximo, primeiro porque muitos deles são nossos competidores, mas também, e mais gravemente, porque o mundo conectado vive, intensamente, a sociedade e a economia da informação e do conhecimento. Estar fora da rede, hoje, é como estar fora do mundo".
Sobre o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), Silvio diz o seguinte: "A ineficiência das operadoras fixas no provimento de acesso em banda larga em quantidade, qualidade e preço acessível é a mãe do PNBL".
"Um PNBL bem executado - prossegue Silvio - pode se tornar uma intervenção estatal de qualidade nos negócios de conectividade. O PNBL parece um novo 'plano de integração nacional' e seu papel pode ser muito parecido ao das estradas e TVs no passado, ao trazer para a rede mais da metade dos municípios e 70%, 80% das casas. Muita gente reclama e desconfia do plano, quase como se fosse uma reestatização do setor de telecom. Mas telecom, a das antigas companhias de telefonia, não existe mais, transformou-se em conectividade, fixa e móvel. E é significativo que o PNBL não trate de mobilidade, e sim de conectividade fixa, onde o mercado, simplesmente, falhou" - completa Silvio Lemos Meira.
Silvio Lemos Meira, ex-pesquisador do CNPq e um sujeito conhecido e consagrado no mercado de TI, portanto não é nenhum ultra ou tresloucado, é outro que critica duramente as operadoras de telefonia/banda larga.
Silvio diz o seguinte: "Nos últimos dez anos, regredimos mais de 20 posições nos índices de quantidade e qualidade da infraestrutura digital. Não que o Brasil estivesse indo para trás de forma acelerada. O que a década de queda - do 38º para o 59º lugar no Network Readiness Index do World Economic Forum, por exemplo - quer dizer é que outros países se moveram muito mais rápido. E isso é um problema, agora e no futuro próximo, primeiro porque muitos deles são nossos competidores, mas também, e mais gravemente, porque o mundo conectado vive, intensamente, a sociedade e a economia da informação e do conhecimento. Estar fora da rede, hoje, é como estar fora do mundo".
Sobre o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), Silvio diz o seguinte: "A ineficiência das operadoras fixas no provimento de acesso em banda larga em quantidade, qualidade e preço acessível é a mãe do PNBL".
"Um PNBL bem executado - prossegue Silvio - pode se tornar uma intervenção estatal de qualidade nos negócios de conectividade. O PNBL parece um novo 'plano de integração nacional' e seu papel pode ser muito parecido ao das estradas e TVs no passado, ao trazer para a rede mais da metade dos municípios e 70%, 80% das casas. Muita gente reclama e desconfia do plano, quase como se fosse uma reestatização do setor de telecom. Mas telecom, a das antigas companhias de telefonia, não existe mais, transformou-se em conectividade, fixa e móvel. E é significativo que o PNBL não trate de mobilidade, e sim de conectividade fixa, onde o mercado, simplesmente, falhou" - completa Silvio Lemos Meira.
by Cristovão Feil, no Diário Gauche
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