Fim de ciclo é uma terra livre, de onde se pode esperar tudo. Em um primeiro momento, há os terremotos da transição, de quem percebe que o velho mundo acabou mas o novo ainda não se completou.
Depois, a radicalização, que pode levar a um New Deal ou ao nazismo.
É o que se percebe nos EUA. Tem-se novos atores entrando no jogo político e enfrentando a resistência dos antigos donatários, agravada pelo incômodo da crise econômica que acompanha as mudanças de ciclo.
Nos anos 50, o fantasma da guerra fria e os avanços sociais dos negros fez eclodir o macartismo, a Klu Klux Kan, formas mais agudas de intolerância. Agora, a ultra-direita renasce em cima de uma intolerância ampla contra imigrantes (lá) ou contra todo forma de inclusão social (aqui).
Some-se o avanço inexorável das novas formas de mídia – imprensa de massa nos anos 20 e 30, televisão nos anos 50 e 60 e Internet agora – para se ter um quadro turbulento. Para o bem ou para o mal.
O principal tempero para acender a fogueira é toda forma de intolerância. A grande disputa será entre os movimentos civilizatórios, que buscarão o entendimento, contra a radicalização de todos os lados e o oportunismo de políticos e comunicadores, querendo aproveitar as oportunidades abertas pelo mercado da intolerância.
Fonte: Luis Nassif
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