* Este blog luta por uma sociedade mais igualitária e justa, pela democratização da informação, pela transparência no exercício do poder público e na defesa de questões sociais e ambientais.
* Aqui temos tolerância com a crítica, mas com o que não temos tolerância é com a mentira.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O projeto entreguista de Serra para o pré-sal (2)

CLIQUE PARA AMPLIAR

Eles querem tomar o pré-sal... Vender a Petrobrax.

E, se não for possível, impedir que a Dilma diga que, no Governo Lula, a empresa de que ela foi Presidente do Conselho de Administração realizou a maior operação de lançamento de ações da História do Capitalismo.

Bancos... O PiG... e o Serra passaram a desconstruir a Petrobrás.

O Conversa Afiada já se perguntou: por que o Itaú e o PiG querem desconstruir a Petrobrás?.

O Itaú é que realizou uma peripécia singular: Numa semana, o Itaú fazia parte de um restrito grupo de bancos que lançaram as ações da Petrobrás em TODO O MUNDO.

Na semana seguinte, o Itaú aciona a venda maciça de ações da Petrobrás, ao dizer que as ações da Petrobrás não valem um dólar furado.

Os teólogos do “mercado” – essa instituição com que a urubóloga Miriam Leitão se comunica em séances em Lourdes – dizem que existe uma “muralha chinesa” nos bancos: os “especialistas” que lançam as ações não falam com os “especialistas” que avaliam as ações.

Nos Estados Unidos tem muito “especialista” que foi parar na cadeia, porque pulou para o outro lado da muralha.

Essa operação baixista provocada, sobretudo, pelo Itaú nasceu de uma “inquietação” do “mercado”: as próximas denúncias da Veja de que a corrupção na Petrobrás tinha dimensões de um Paulo Preto.

Um horror !

Aí, o mercado teve medo da Veja e saiu a vender. Na verdade, intencionalmente ou não, o gesto do Itaú coincidiu, acelerou ou anabolizou um movimento feroz no mercado de câmbio.

O investidor estrangeiro entrava, depositava a margem de garantia – às vezes não punha nem dinheiro, mas uma carta financeira – para aplicar no mercado futuro de cambio. No mercado futuro e no cupom cambial. Entrava com US$ 100 milhões e alavancava $ 700, $ 800 milhões de dólares. Tudo para apostar na valorização do Real.

Em poucos dias, no fim da semana passada, essa operação movimentou US$ 20 bilhões. O Governo correu e aumentou o IOF sobre a entrada de dinheiro estrangeiro – sobretudo americano – de 2% para 4%.

No mesmo dia, esse montão de dinheiro saiu a correr do mercado de câmbio e foi para títulos públicos. Nessa fuga acelerada, vender a Petrobrás foi um grande negócio. Vender Petrobrás, aplicar nos títulos do Tesouro, esperar a ação da Petrobrás desabar e comprar ela baratinha.

Enquanto isso, ficar aqui, na moita, atrás do biombo da Petrobrás, sem pagar IOF. Ou seja, com o movimento de proteção do Governo brasileiro, que aumentou o IOF, o especulador encontrou um bom instrumento para se proteger e esperar a valorização do Real.

E esperar a queda das ações da Petrobrás – por causa da Veja… Foi uma tacada de mestre. Derruba as ações da Petrobrás. Desmoraliza a Petrobrás. Não deixa a Dilma citar a Petrobrás. Espera a valorização do Real. E dá uma mãozinha ao Serra.

O Serra, como se sabe, espera a Cápsula Fênix 2 para sair do buraco. Essa foi uma tentativa. Falta combinar com o Governo brasileiro, que não vai ficar em 4% de IOF.

Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada

4 comentários:

  1. O problema de demonizar alguém é que há um endeusamento implícito. Essa mania do PHA de achar que a Veja pode tudo e por conseguinte tudo é culpa da Veja... Se o PHA tudo sabe e tudo vê, por que não fica rico com este conhecimento?

    Por ora a PETR tem estado fraca na Bolsa por dois motivos muito simples e claros: o capital foi diluído (mais ações = menos lucro por ação, pelo menos por algum tempo) e por este "climão" das eleições.

    E quem for esperto, que compre PETR ou segure o que tem. É o que recomendo a tantos quantos me perguntam sobre isto.

    Pesquisei levemente sobre Petrobrás X Itaú. O Itaú mudou a recomendação da PETR de "valorização acima do mercado" para "valorização na média do mercado". Onde está a "desconstrução"? Soou como "se não falar maravilhosamente bem do governo e das estatais, é GOLPE!".

    Para mim o "crime" real é o Itaú não ter feito esse ajuste ANTES da oferta de ações [1]. Isso sim é feio, manter uma recomendação rósea enquanto se está ganhando comissão pela venda de ações... É por isso que quem dá ouvidos a analistas do mercado financeiro só se ferra. Ou estão chutando sobre o futuro que a Deus pertence, ou falam o que sua instituição quer que digam. Vide o livro "The Smartest Guys in the Room", sobre a Enron, que explica porque tantos analistas recomendavam a Enron até uma semana antes dela quebrar...

    Que no clima atual está fácil provocar movimentos de mercado para baixo, isso está. Eu mesmo vi 2 ou 3 sites internacionais de finanças descendo a lenha (mais ou menos injustamente) na PETR. Se o estrangeiro vendeu no pánico, foi por conta destes, e não da Veja. Se isso pode ter sido concertado para comprar PETR mais barato ainda? Pode, é claro que pode.

    [1] http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,cvm-analise-sobre-petrobras-poderia-ter-saido-antes,38897,0.htm

    ResponderExcluir
  2. Olhaí, PETR4 subindo 3% hoje. Alguém decidiu nos ouvir!

    ResponderExcluir
  3. Ai posso ate´concordar com vc Elvis. Ñ entendo muito dessas coisas de mercado de ações e seus mecanismos, mas acho que o mercado ñ iria se tumultuar com denuncias do panfleto colorido semanal.

    Se os investidores derem ouvidos a uma fonte tão parcial como a Veja vão quebrar a cara na primeira esquina.

    ResponderExcluir
  4. Não sei hoje, mas até uns tempos atrás a melhor análise de mercado, com boas dicas de ações, era... a Carta Capital. (Não estou brincando.)

    ResponderExcluir