Durval de Noronha Goyos - 27/10/2010
Londres – O FED (Federal Reserve Bank), o banco central dos EUA (Estados Unidos da América), deverá lançar em sua reunião de 2 e 3 de novembro de 2010 um novo e amplo programa de emissão de moeda, para fazer frente à continuada e renitente crise econômica que afeta aquele país e com sérias repercussões na taxa de desemprego, oficialmente no patamar aproximado de 10%.
Como o termo impressão de moeda é altamente impopular, os banqueiros centrais dos EUA e do Reino Unido, que também lançaram mão do expediente, valeram-se de um eufemismo com o qual pretendem enganar o povo de seus respectivos países: o “relaxamento quantitativo”, ou quantitative easing, na língua inglesa.
A medida do recurso à impressão de moeda é extremada, não apenas pelo risco de provocar uma inflação desenfreada, mas também porque afeta de maneira substancial a credibilidade da política monetária institucional do país que dela lança mão. De fato, o Estado que recorre à impressão de moeda o faz porque já não consegue, na medida do valor da emissão, financiar suas necessidades mediante a colocação de títulos no mercado.
Assim, trata-se de uma medida desesperada, que indica a falta de opção disponível ao FED, que o força a lançar mão do mesmo expediente que causou a hiperinflação na Alemanha de 1923, na Argentina e Brasil na década de 80 e no Zimbábue dos dias atuais...
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