Jussara Seixas, no blog do Guido Rezende
O DEM, partido da direita que abriga remanescentes da ditadura militar, neoliberal, oposição virulenta e inconsequente há nove anos, está em vias de extinção. O partido se dividiu. Kassab fundou o PSD e está atraindo vários deputados, prefeitos, vereadores, quase todos ex-DEM; até o vice-governador de SP, Afif Domingos, pulou fora do DEM, no colo do Kassab. Dizem que Katia Abreu e Índio da Costa, entre outros também migraram para a nova sigla.
A sigla é nova, mas todos os filiados são velhos conhecidos do distinto público. O PSD já nasce um balaio de gatos, com gente do DEM, PPS, PP e sabe-se mais quem; dizem que a traíra Marina Silva está descontente com o PV e deve migrar para outro partido. Seria o PSD do Kassab?
O DEM está em declínio desde 2002, e em cada eleição perde mais vagas no Congresso Nacional. Mais uma vergonha: tem o maior número de políticos cassados pelo TSE por corrupção, improbidade administrativa, crimes diversos e até assassinatos. O mensalão do DEM, patrocinado pelo único governador do partido eleito em 2006 – o José Arruda, do DF –, foi um tsunami que não tem fim: a cada dia surgem novas revelações, vídeos, gravações, comprometendo mais políticos do DEM e de seu aliado, o PSDB. Só resta ao resto do DEM, que já é um partido nanico e vai ficar naniquinho, unir-se com o PSDB e PPS para sobreviver.
As siglas mudam, mas persiste o pensamento de direita neoliberal que afundou o país na década de 1990 e afundou o mundo em 2008. Esses porqueiras vão continuar achando que o Bolsa Família é bolsa-esmola, que o PROUNI tem de acabar, que negros e pobres não devem cursar universidades, que não é preciso fazer reforma agrária, que as empresas estatais têm que ser privatizadas. Eles sempre governaram para as elites, sempre defenderam o liberalismo econômico que causou a crise econômica mundial em 2008. DEM, PSDB. PPS e o novo PSD são a mesma coisa, farinha podre do mesmo saco.
A ausência de um partido real de direita não é um problema só para a direita, é uma doença que contamina todo o sistema político. A velha noção de que tem de haver contraditório e discussão.
ResponderExcluirQuando um cara como eu, que marca (-0,4, -0,4) no Political Compass (*) é considerado um radical de extrema-direita por alguns pares... quem é o radical então?
Além do mais, é uma safadeza sem tamanho do articulista, apor racismo a defesa de privatizações.
* (coordenadas de 0 a 10, os valores aí significam que sou 4% de esquerda, por incrível que pareça).
Ñ vejo como safadeza apor defesa de privatizações à tendencia precunceituosa da velha classe média (mormente a sudoeste/sulista). Simplesmente relacionou as ideologias correntes num mesmo rol. Nada de má intenção =)
ResponderExcluirÉ o sincretismo ideológico ;)
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