A revista Veja (1) é o meio de comunicação mais abjeto que circula na nossa Botocundia.
O pior é que é a fonte de informação de um vasto batalhão de almofadinhas neocons da classe média em suas teses quando vem debater assuntos políticos nas rodas de amigos... é a maior tristeza (2).
Na sua sanha por criar situações que prejudiquem a candidata do governo para as próximas eleições o panfleto colorido da família Civita faz qualquer coisa, como na ultima razia que patrocinou com mentiras desde a manchete de capa (3), como podem ver na figura que ilustra este post... já foi vergonhosamente desmentida!... e agora por um órgão oficial [CLIQUE PARA LER A DESFEITA].
Mas nem vão se fazer de rogados. Amanhã aquela publicação “idônea” aparece com outra cascata que será repetida no JN da Globosta de sábado a noite, que será martelada nos jornalões de domingo, que será requentada na segunda feira pelo Alexandre Garcia – o Homem-Cueca… e assim vai.
Enquanto houver quem financie (e não estou falando de assinantes ou compradores em banca) esta porcaria, vai continuar a baixaria. Os otários classe média vão continuar discutindo alegremente os escandalos levantados por Veja nos botecos... e achar que são os reis-da-cocada-preta. Ó tempora... Ó mores!...
NOTAS
(1) eu já fui assinante desse lixo - uiii!... e na época... EU ACREDITAVA!...
(2) certamente eu era assim... estou com vontade de chorar!
(3) a descrição do episódio, dos malabarismos e factóides criados pela Veja está aqui
Atualização em 20/03, 20:07
O panfleto colorido semanal não se dá por vencido!
O jogo ficou assim:
1. A Veja informou que Vaccari foi denunciado pelo doleiro Lúcio Funaro (que ela agora chama de “consultor financeiro”) em um sistema de delação premiada. Mencionou relatório sigiloso do depoimento, que estaria no inquérito do “mensalão”. Só disse isso, não apresentou documento nenhum. O leitor fica dependendo, então, da palavra do repórter. Pouco antes, noticiou que o promotor José Carlos Blat pediria a quebra do sigilo de Vaccari, devido à suspeita de que tivesse havido desvios para financiamento de campanha. Também sem apresentar documentos. Duas denúncias, portanto, baseadas exclusivamente em declarações: do repórter e do procurador. O PT desmentiu, Vaccari desmentiu. Até aí, morreu Neves. É a palavra de um lado contra a do outro.
2. Aí vem o juiz – que recebeu o pedido de quebra do sigilo de Vaccari – e espinafra o promotor. Acusa-o de promover eventos puramente políticos, já que não havia nada que fundamentasse seu pedido de quebra do sigilo de Vaccari. Ou seja, a palavra do promotor Blat foi para o espaço.
3. Depois, vem a procuradora de São Paulo – que colheu os depoimentos do “consultor financeiro” Lúcio Funaro- e garante que o nome de Vaccari sequer foi mencionado. Desmontou a palavra do repórter.
4. A revista volta ao tema esta semana, espinafra a defesa do PT, faz uma salada estapafúrdia em que mistura José Dirceu (ói ele de novo ai)+ Sarney+Renan Calheiros+Gilberto Carvalho e outros, critica os que falam de “mídia golpista” mas sobre os desmentidos oficiais à matéria… NADA! Fala sobre “evidências” da cobrança de propinas – essas “evidências” já haviam sido desmontadas pelo juiz e pela procuradora, em informações que se espalharam por toda a Internet e por todas as redações do país durante a semana. Seria uma infantilidade ignorar que toda a imprensa leu os desmentidos. Não dá para varrer para baixo do tapete. O jovem repórter Diego Escosteguy está sob suspeita de ter inventado uma matéria. Ele não pode simplesmente responder indignando-se com a não resposta do PT. Seu papel, agora, é mostrar as provas de que a matéria da semana passada não foi inventada, senão corre o risco de jogar sua carreira (promissora?) no lixo.
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