link para a figura acima e planilhas da PMSBS entre 2006 e 2010, aqui
CLIQUE QUE AMPLIA
São Bento do Sul gera mais ou menos 13.000 toneladas de lixo por ano (os números de 2010 apontam 12.936 toneladas anuais, exatamente). Esse total vem se mantendo nos últimos anos, num crescimento vegetativo normal. Em 2006 eram aproximadamente 11.000 toneladas anuais.
Afora índices pífios de reciclagem, que também se mantém ridiculamente iguais através dos anos, 311 toneladas recicladas em 2010 (2,5% do total, aproximadamente) para 180 toneladas em 2006 (1,65%). Na verdade a reciclagem é um pouco maior, pois esses índices não contemplam os recicladores comerciais que nunca fornecem seus números por ter um medo danado do que tem a esconder - muita negociação fria. Mas mesmo considerando-se também esse segmento, ainda estamos bem abaixo de 10% reciclados, o que é uma vergonha.
Agora, em uma coisa somos campeões: no que se gasta aqui com o lixo urbano... um valor acintoso em relação o que é pago em outras cidades. Isso sim o prefeito teria que explicar quando sai em excursões transcontinentais para promover nossa expertise em gestão ambiental.
A Prefeitura Municipal de São Bento do Sul gastou em média R$ 221,00/ton em 2006, na época que o lixo daqui ainda era levado para Mafra e depositado num aterro sanitário particular de lá. Temos embutidos nesse custo o transbordo de caminhões de recolhimento para carretas rodoviárias e o transporte SBS/Mafra (R$30,77/ton), além do valor que o aterro de Mafra cobrava em 2006 para receber o nosso lixo urbano (R$ 65,45/ton).
Em 2010, embora já desde junho o lixo tenha sido depositado no aterro municipal (que é operado por uma empresa particular, que cobra por esse serviço) o custo ainda é de R$ 218,00/ton, mesmo que não existam mais as taxas de trasbordo/transporte para Mafra, nem a taxa cobrada pelo aterro particular.
Só para ter uma idéia do valor absurdo que isso significa, a prefeitura de Canoas, Rio Grande do Sul, gasta R$ 129,70/ton, o que certos analistas gaúchos já consideram uma aberração.
A recente licitação milionária da região metropolitana de Curitiba (que ainda não se concretizou por problemas colossais de toda ordem – pois estão em jogo uma mixaria de R$ 645 milhões) fixou um valor de referencia de R$ 147,00/ton, para as 2.400 toneladas diárias que produz, que inclui no pacote fechado com os seguinte itens:
a) Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Domiciliares e de Varrição;
b) Coleta Seletiva e Transporte de Resíduos Sólidos Recicláveis – Programa Lixo que Não é Lixo e Programa Câmbio Verde;
c) Coleta Indireta de Resíduos Domiciliares;
d) Varrição Manual;
e) Varrição Mecanizada;
f) Varrição e Lavagem de Feiras-Livres;
g) Raspagem de Cartazes e Lavagem de Calçadões;
h) Limpeza Especial;
i) Limpeza de Rios – Programa Olho d´Água;
j) Coleta, Transporte e Destinação para Tratamento de Resíduos Tóxicos
Domiciliares;
Domiciliares;
k) Manutenção e Monitoramento do Aterro Sanitário de Curitiba.
Os itens de d) a j) nunca foram incluídos nos custos em São Bento do Sul a despeito de apresentar uma valor 48% maior que Curitiba e 69% a mais que Canoas (não se conhece os serviços incluídos nos valores da cidade gaúcha).
Então?!... a administração publica da charmosa vila de São Bento do Sul tem algo explicar à população!... o que acontece? Enquanto isso eu pago R$ 21,00/mês a guisa de taxa de lixo.
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