* Este blog luta por uma sociedade mais igualitária e justa, pela democratização da informação, pela transparência no exercício do poder público e na defesa de questões sociais e ambientais.
* Aqui temos tolerância com a crítica, mas com o que não temos tolerância é com a mentira.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Agronegócio x Ferrovias – briga de gato

AE Agencia Estado

SÃO PAULO - Visto como solução para reduzir os custos logísticos do Brasil, o setor ferroviário entrou na lista de problemas do agronegócio. A discórdia começou com a proposta de reajuste do preço do frete entre 20% e 30% este ano, o que provocou a revolta dos usuários. Na quarta-feira, cinco associações ligadas aos produtores de grãos desembarcaram em Brasília para pedir que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) intervenha no caso e resolva a questão antes do início da safra, em abril.

Além dos reajustes, eles aproveitaram a ocasião para questionar a qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias. Os executivos das associações reclamaram que tem havido uma espécie de "venda casada" em ferrovias de empresas que também têm terminais portuários. Também alertaram o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, sobre uma prática que até então era usual apenas no setor aéreo: o overbooking. As concessionárias estariam contratando cargas acima de sua capacidade.

[......]

Outra denúncia feita na agência é a imposição de situações para usar os trilhos e portos de uma mesma empresa. Se não aceitarem o frete da ferrovia não podem ter acesso ao porto.

NOTA BOTOCUDA

Esse é o belo exemplo que temos das empresas que operam o transporte ferroviário na nossa Pindorama. Mamam nas tetas gordas do BNDES com sofreguidão (ver caso Brasil-Ferrovias, hoje integrada à ALL) depois de conseguir as concessões das malhas da RFFSA por preço de banana.

Mas no Brasil sempre foi assim, desde sempre, as ferrovias quando não podem dispor de financiamentos e benesses fartas sempre foram deficitárias, desde o tempo de Percival Farquhar.

Um comentário:

  1. Ouvi mais uma história também: que os preços do frete ferroviário estão sendo fixados com base no frete rodoviário, dando um desconto de 10% ou 15%. O que vai de certa forma contra o espírito da coisa, que seria cobrar o custo mais uma margem de lucro.

    Mas é o resultado da escassez de opções. A capacidade dos dois modais está quase 100% tomada. O litro do álcool está custando mais de 80% o preço da gasolina pelo mesmo processo.

    Considerando quanto o agronegócio chora de barriga cheia (coisa que aliás você postou no blog esses dias), acho que vou dar razão às ferrovias :)

    ResponderExcluir