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Os preços dos fertilizantes sofreram alta de até 28% em alguns estados, como o Mato Grosso, em 2010. Em Goiás, outro estado grande produtor, o aumento atingiu 10% em média no ano.
Para o superintendente de Irrigação do Estado de Goiás, Alécio Maróstica, a elevação está diretamente ligada ao aumento internacional dos alimentos, fruto da especulação com os preços das commodities. Mesmo com o dólar em queda, “a indústria de fertilizantes não se baseia no custo de produção para aumentar o preço. Eles se baseiam nos preços das commodities. Caso elas subam, mesmo com queda no dólar os fertilizantes ficam mais caros também”, disse.
Monopolizado por multinacionais, o mercado brasileiro de fertilizantes tem gerado grandes lucros. Mesmo com o crescimento na produção nacional, a importação aumentou ainda mais. Segundo dados do Ministério da Agricultura, as importações aumentaram 38%, fechando em 15,2 milhões em 2010 contra 9,3 milhões de toneladas produzidas no país.
O resultado é que a norte-americana Bunge multiplicou por oito seu lucro líquido anual, atingindo US$ 2,29 bilhões, dos quais US$ 2,4 bilhões foram extraídos do Brasil.
E a maior empresa de fertilizantes do mundo, a norueguesa Yara, anunciou na terça-feira, um lucro líquido crescente de US$ 269,28 milhões no quarto trimestre de 2010, acima dos US$ 245,2 milhões do período anterior.
Não querem agricultura 100% orgânica? Deviam agradecer estes aumentos, e achar mesmo que foram poucos, para estimular a produção isenta de fertilizantes artificiais :)
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