por Brizola Neto, no Tijolaço
O primeiro passo do beneficiamento do minério de ferro bruto é sua transformação em “pellets”, através de um processo de moagem, separação e agregação do ferro em pelotas de mais alto teor, que vão alimentar as usinas siderúrgicas.
Na gestão do sr. Roger Agnelli, a Vale fechou um acordo com o governo de Omã, no Golfo Pérsico, que funciona assim: a empresa exporta minério de ferro bruto daqui para ser pelotizado lá e, daí, vendido para as aciarias da Ásia, que compram o produto processado e, portanto, com um valor bem acima do que seria o preço in natura.
O investimento, de US$ 1,35 bilhão foi bancado, de 2008 a 2010, pela mineradora brasileira, que só neste ano vendeu 30% à estatal petroleira daquele país.
A Vale assinou também acordo com a Oman Shipping Company para a construção de quatro navios com capacidade de 400 mil toneladas, que serão dedicados ao transporte de minério.
Sexta-feira, a usina da Vale em Omã começou a funcionar.
Não há nenhuma dificuldade tecnológica – ao contrário – em pelo menos reduzir a pellets o minério aqui. Tanto que a Usiminas cogita fazer uma nova pelotizadora em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Ah, mas a Usiminas é controlada pelos japoneses da Nippon Steel.
Como não havia mão de obra capacitada lá, a Vale investiu US $ 11,3 milhões no recrutamento e em programas de formação profissional que geraram 720 empregos diretos e 1.800 indiretos para os omanitas
O Sultanato de Omã – sim, há um sultão como monarca absoluto, numa dinastia de 250 anos - não produz uma grama de minério de ferro. É uma região árida, desértica, mas um paraíso… fiscal.
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