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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Globosta já trata de ligar o atirador da escola de Realengo à grupos extremistas



1 - Matéria publicada hoje pelo O Globo:

"Nos textos, revelados neste domingo pelo "Fantástico", da Rede Globo, ele escreve que fazia parte de um grupo, cita o atentado de 11 de setembro e destaca que há sites na internet que ensinam como fazer bombas e como conseguir recursos para comprar munição e explosivos."

"Em alguns trechos do manuscrito, ele afirma passar quatro horas por dia lendo o Alcorão: "Não o livro, porque ficou com o grupo, mas partes que eu copiei para mim", escreveu Wellington. No mesmo texto ele menciona o atentado terrorista de 11 de setembro 2001, em Nova York e Washington: "Tenho meditado muito sobre o 11/09".

"Ele cita ainda o nome de alguém que teria vindo do estrangeiro: Abdul. "Tenho certeza q foi o meu pai quem os mandou aqui no Brasil ele reconheceu o Abdul e mandou que ele viec (sic) com os outros precisamente ao Rio... pq qdo eu os conheci e revelei tudo a eles eu fui muito bem recebido e houve uma grande comemoração" Mais adiante, surge um novo nome no manuscrito, Phillip, que teria sido um dos motivos de um desentendimento entre ele e Abdul. "Tive uma briga com o Abdul e descobri que o Phillip usava meu PC para ver pornografia."

"Wellington também manifesta vontade em conhecer países islâmicos: "...pretendo trabalhar pra sair desse estado ou talvez irei direto ao Egito."

"O texto estava em um caderno, junto a outros manuscritos: um exercício de inglês e anotações soltas com referências à Malásia, um país de maioria islâmica. Ele anota que é preciso verificar as condições climáticas da Malásia em setembro, mês dos ataques de 2001 em Nova York."

"No local, um bilhete deixado na porta da geladeira pelo atirador dizia que havia destruído seu patrimônio para impedir a "identificação do fornecedor".

EM BUSCA DO 'GRUPO'

Polícia investiga ligação de Wellington com extremistas, revelada pelo 'Fantástico'

O Globo Publicada em 10/04/2011 às 23h16m

Natanael Damasceno e Sérgio Ramalho

RIO - A rotina de Wellington Menezes de Oliveira nos oito meses que antecederam o ataque a estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira está sendo devassada por uma força-tarefa da Polícia Civil. A identificação dos integrantes de um suposto grupo extremista do qual o atirador teria feito parte, como sugerem textos encontrados num caderno e numa carta que estava em sua casa, em Sepetiba, é considerada prioridade. Nos textos, revelados neste domingo pelo "Fantástico", da Rede Globo, ele escreve que fazia parte de um grupo, cita o atentado de 11 de setembro e destaca que há sites na internet que ensinam como fazer bombas e como conseguir recursos para comprar munição e explosivos. A polícia, entretanto, trabalha também com a possibilidade de as informações nos escritos de Wellington, com muitos erros de português, serem delírios resultantes de problemas mentais.

O material recolhido na casa do assassino mostra ainda que Wellington tentou se inscrever num curso de tiro, pedindo informações específicas sobre o uso de revólver calibre 38. Entre os escritos, numa carta aparentemente dirigida a uma mulher, há muitas referências religiosas e sinais de tendência suicida. Em alguns trechos do manuscrito, ele afirma passar quatro horas por dia lendo o Alcorão: "Não o livro, porque ficou com o grupo, mas partes que eu copiei para mim", escreveu Wellington. No mesmo texto ele menciona o atentado terrorista de 11 de setembro 2001, em Nova York e Washington: "Tenho meditado muito sobre o 11/09".

Documentos trazem nomes estrangeiros

Ele cita ainda o nome de alguém que teria vindo do estrangeiro: Abdul. "Tenho certeza q foi o meu pai quem os mandou aqui no Brasil ele reconheceu o Abdul e mandou que ele viec (sic) com os outros precisamente ao Rio... pq qdo eu os conheci e revelei tudo a eles eu fui muito bem recebido e houve uma grande comemoração" Mais adiante, surge um novo nome no manuscrito, Phillip, que teria sido um dos motivos de um desentendimento entre ele e Abdul. "Tive uma briga com o Abdul e descobri que o Phillip usava meu PC para ver pornografia."

Wellington também manifesta vontade em conhecer países islâmicos: "...pretendo trabalhar pra sair desse estado ou talvez irei direto ao Egito."

O texto estava em um caderno, junto a outros manuscritos: um exercício de inglês e anotações soltas com referências à Malásia, um país de maioria islâmica. Ele anota que é preciso verificar as condições climáticas da Malásia em setembro, mês dos ataques de 2001 em Nova York.

Os policiais também apreenderam na casa de Sepetiba três CPUs de computadores e diversos CDs. De acordo com a delegada Helen Sardenberg, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Wellington havia desmontado, quebrado e queimado os equipamentos. No local, um bilhete deixado na porta da geladeira pelo atirador dizia que havia destruído seu patrimônio para impedir a "identificação do fornecedor". Técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) tentam recuperar a memória dos computadores. O principal objetivo é identificar os interlocutores do atirador na Internet e determinar se eles usavam a rede para disseminar a ideia de novos ataques.

Um psiquiatra forense do Instituto Médico Legal (IML) foi designado para elaborar um perfil psicológico do atirador com base no material recolhido pela Divisão de Homicídios (DH) e pela DRCI. A partir da análise, a polícia poderá saber se Wellington tinha as meninas como principal alvo. Dos 12 mortos, dez eram do sexo feminino. Na carta encontrada em sua bolsa, o assassino diz que nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem.


2 - Telegrama de 2009 da embaixada dos EUA no Brasil e vazado pelo WikiLeaks:


WikiLeaks: a difamação de religiões como estratégia diplomática


Do Vila Vudu

Estratégia dos EUA para engajar o Brasil na difamação de religiões

Viewing cable 09BRASILIA1435 –http://213.251.145.96/cable/2009/12/09BRASILIA1435.html

CONFIDENTIAL - Embassy Brasilia

Excerto do item CONFIDENCIAL do telegrama 09BRASILIA1435

A íntegra do telegrama não está disponível.

Tradução de trabalho, não oficial, para finalidades didáticas.

ASSUNTO:

Estratégia para Engajar o Brasil na "Difamação de Religiões"[1]

1. (C) RESUMO: A posição do Brasil na questão da "difamação de religiões" na comissão de Direitos Humanos da ONU reflete a conciliação entre as objeções do país à ideia (objeções baseadas num conceito do que sejam Direitos Humanos) e o desejo de não antagonizar os países da Organisation of the Islamic Conference (OIC) com os quais tenta construir relações e que o Brasil vê como importante conjunto de votos a favor de o Brasil conseguir assento permanente no CSONU. À luz da argumentação a favor da abstenção do Brasil, proponho abordagem de quatro braços, envolvendo aproximação com os altos escalões do Ministério de Relações Exteriores; uma visita a Brasília, para pesquisar meios de trabalhar com o governo do Brasil, nessa e noutras questões de direitos humanos; outros governos que possam conversar com o governo do Brasil; e uma campanha mais intensa pela mídia e mobilizando comunidades religiosas a favor de não se punir quem difame religiões . FIM DO RESUMO.

(...)

Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras: Até agora, nenhum grupo religioso no Brasil assumiu a defesa da difamação de religiões. Mas o Brasil é sociedade multirreligiosa e multiétnica, que valoriza a liberdade de religião. Um esforço para difundir a consciência sobre os danos que podem advir de se proibir a difamação das religiões pode render bons dividendos. Grandes veículos de imprensa, como O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja, podem dedicar-se a informar sobre os riscos que podem advir de punir-se quem difame religiões, sobretudo entre a elite do país.

Essa embaixada tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados. Visitas ao Brasil, de altos funcionários do governo dos EUA seriam excelente oportunidade para pautar a questão para a imprensa brasileira. Outra vez, especialistas e funcionários de outros governos e países que apóiem nossa posição a favor de não se punir quem difame religiões garantiriam importante ímpeto aos nossos esforços.

Essa campanha também deve ser orientada às comunidades religiosas que parecem ter influência sobre o governo do Brasil, quando se opuseram à visita ao Brasil do presidente Ahmadinejad do Irã, em novembro. Particularmente os Bahab e a comunidade judaica, expandidos para incluir católicos e evangélicos e até grupos indígenas e muçulmanos moderados interessados em proteger quem difame religiões [sic]. [assina] KUBISKE

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[1] Há matéria da Reuters sobre o assunto, de seis meses antes desse telegrama, em que se lê: "Um fórum da ONU aprovou ontem resolução que condena a "difamação de religiões" como violação de direitos humanos, apesar das muitas preocupações de que a condenação possa ajudar a defesa da livre expressão em países muçulmanos (sic)" [NTs].





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