Documentário interessante para ser visto no
feriadão. Embora relativamente longo (52 minutos) é bem produzido, apesar do
alemão dos narradores ser de brasileiros que o aprenderam depois – há pequenas
incorreções e um sotaque que não é natural.
Mas o tema é relevante e faz parte de uma
situação sociológica complexa. O produtor dá todo o brilho à causa dos
teuto-brasileiros e suas dificuldades (reais) mas analisa superficialmente as razões do outro lado: a partir campanha de nacionalização do Estado Novo em
nome da unidade nacional, iniciada em 1937 e se havia ou não anteriormente por
parte dos alemães uma soberba elitização cultural em relação ao elemento
nacional, coisa que sabemos que havia. Quando a situação pendeu para o seu
lado, com a declaração de guerra à Alemanha, partiram estes nacionais,
obviamente, para a desforra.
Mesmo assim o documentário é
muito pertinente e merece se assistido. Aqui em São Bento essas coisas também
aconteceram, inclusive na minha família, pois minha mãe foi matriculada em um
jardim de infância de freiras católicas (apesar de serem luteranos fervorosos)
para que pudesse aprender português e ensinar aos pais. Isso quando tinha 5 a 6
anos de idade.
O vídeo pode ser legendado em português [tecla
CC], inglês ou alemão (este com incorreções) para auxiliar o entendimento de
narrativas feitas em alemão e/ou português.
Quando levei minha esposa à Pomerode pela primeira vez fui assustando ela: "ah, agora você vai pra Meca do Nazi brasileiro, talvez não te deixem mais sair". Uma suástica (invertida) pichada num ponto de ônibus no caminho deixou ela ainda mais ressabiada :)
ResponderExcluirMas acabou gostando do lugar, até me aborrece às vezes pedindo pra mudar para lá :P Uma "nacional" vira-casaca...