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quinta-feira, 22 de abril de 2010

A crise financeira mundial se tornou um caso de policia


A crise financeira mundial se tornou um caso de policia. O caso de fraude perpetrada na (e pela) Goldman Sachs é uma advertência que a crise financeira responsável por perdas de milhões de empregos e projetos de vida desfeitos não foram apenas resultado de caprichos do mercado e falta de regulamentação - foi também o resultado de fraude gigantesca em todos os níveis do sistema financeiro internacional.

Essa epidemia de fraudes passou largamente batida, pouco divulgada, nunca amplamente investigada e quase ninguém chegou a ser indiciado ou incriminado.

E o que foi que levou tantas pessoas a intencionalmente tirar vantagem dos outros tantos para
ganho pessoal? Isso permanece em grande parte sem solução pela legislação vigente (nos EUA), coisa que o Obama está querendo mudar, não sem resistência maciça dos conservadores americanos. Aparentemente aqueles, largamente responsáveis pelo esbulho querem deixar como está e continuar a farra.

Embora haja um monte de conversa se desenrolamento internamente no sistema e nos grandes bancos, pouco se fala de como desmontar o sistema que privilegia os corretores trapaceiros e as aplicações fraudulentas que mercadejam. As pessoas eram levadas a acreditar cegamente nos índices e fazer menos perguntas, o que também encorajou bancos de investimentos a mascarar as suas perdas e de jamais expor seus mecanismos de investimentos especialmente concebidos ao desastre depois de cumprir sua função de saque.

Agora começa a aparecer a fraude no coração da crise financeira, você se volta pra tentar explicar a coisa e propor soluções. "Uma vez que você
compreende as implicações da fraude contumaz", diz James Galbraith, um economista progressista na Universidade do Texas, "muda o profissional que deve analisar a crise. Economistas devem passar ao segundo plano e criminalogistas devem assumir a frente”.

Um desses criminologistas - com uma trajetória pessoal de dois marcos regultórios de eficácia surgidos durante a crise do final dos anos 1980 - é William F. Black, agora professor da Universidade de Missouri e autor do livro, "A melhor maneira de roubar um banco é ter um".

Tanto a quebra do Lehman Bros, que iniciou com falcatruas desde 2001, como o caso mais em pauta agora, do Goldman Sachs, são casos crassos de fraude pura e simples. São casos de policia, ou para “criminologistas”, como dizem polidamente o Wall Street Journal e o ótimo Huff Post. Tudo baseado em operações que promovem ganhos “de mentirinha” (liar's loan operations).

Esse é o sistema Neocon que a direita brasileira defende. Tá ruim, hein?

Detalhes completos dessa sujeira toda, nos links no texto.

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