Vida longa ao WikiLeaks, a verdade nua e crua que desmascara lobos e cordeiros da política internacional e nacional.
por Paulo Renato Lima , no Blog O Nosso Pé de Laranja Lima
Materia de O Globo
Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área – como a Ucrânia – a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.
A restrição dos EUA está registrada claramente em telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada americana em Brasília, em janeiro de 2009 – revelado agora pelo WikiLeaks ao GLOBO. O documento contém uma resposta a um apelo feito pela embaixada da Ucrânia, no Brasil, para que os EUA reconsiderassem a sua negativa de apoiar a parceria Ucrânia-Brasil, para atividades na Base de Alcântara no Maranhão, e permitissem que firmas americanas de satélite pudessem usar aquela plataforma de lançamentos.
Além de ressaltar que o custo seria 30% mais barato, devido à localização geográfica de Alcântara, os ucranianos apresentaram uma justificativa política: “O seu principal argumento era o de que se os EUA não derem tal passo, os russos preencheriam o vácuo e se tornariam os parceiros principais do Brasil em cooperação espacial” – ressalta o telegrama que a embaixada enviara a Washington.
A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que “embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.
Mais adiante, um alerta: “Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”. O Senado brasileiro se nega a ratificar o TSA, assinado entre EUA e Brasil em abril de 2000, porque as salvaguardas incluem concessão de áreas, em Alcântara, que ficariam sob controle direto e exclusivo dos EUA.
Além disso, permitiriam inspeções americanas à base de lançamentos sem prévio aviso ao Brasil. Os ucranianos se ofereceram, em 2008, para convencer os senadores brasileiros a aprovarem o acordo, mas os EUA dispensaram tal ajuda. Os EUA não permitem o lançamento de satélites americanos desde Alcântara, ou fabricados por outros países mas que contenham componentes americanos, “devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil”, diz outro documento confidencial.
Viagem de astronauta brasileiro é ironizada
Sob o título “Pegando Carona no Espaço”, um outro telegrama descreve com menosprezo o voo do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, à Estação Espacial Internacional levado por uma nave russa ao preço de US$ 10,5 milhões – enquanto um cientista americano, Gregory Olsen, pagara à Rússia US$ 20 milhões por uma viagem idêntica.
A embaixada definiu o voo de Pontes como um gesto da Rússia, no sentido de obter em troca a possibilidade de lançar satélites desde Alcântara. E, também, como uma jogada política visando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Num ano eleitoral, em que o presidente Lula sob e desce nas pesquisas, não é difícil imaginar a quem esse golpe publicitário deve beneficiar.
Essa pode ser a palavra final numa missão que, no final das contas, pode ser, meramente ‘um pequeno passo’ para o Brasil” – diz o comentário da embaixada dos EUA, numa alusão jocosa à célebre frase de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, dizendo que seu feito se tratava de um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a Humanidade.
Por José Meirelles Passos
Alguém aí se surpreendeu? Vamos refrescar a memória: Em 2003, após duas tentativas fracassadas de lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS) e às vésperas da 3ª tentativa (com grandes chances de sucesso) a Base de Alcântara, foi “misteriosamente” jogada para os ares! A Aeronáutica veio correndo dizer que a possibilidade de sabotagem estava descartada
(porem o relatório paralelo diz outra coisa. Clique aqui para baixa-lo. Outra opção de download aqui).
O que ninguém explica, é que naquela semana, tinha 20 cidadãos de nacionalidade norte americana hospedados na cidade Alcântara, simultaneamente! Quantidade essa, fato esse, que nunca tinha ocorrido anteriormente! Desde o início das investigações um cheiro de sabotagem pairava no ar. Para alguns, teoria da conspiração e para outros, fatos concretos.
Para mim sabotagem sempre seria fato concreto, tendo em vista minha sempiterna desconfiança em relação às “boas relações de amizade” que os EUA sempre quiseram manter com o Brasil. O jornalista Carlos Chernij já escrevera um artigo sobre a sabotagem do Tio Sam, artigo este que relata fatos que estavam no relatório paralelo sobre o acidente de 2003 na base de Alcântara (clique aqui para ler o artigo).
O mais interessante nesta história toda é que um ano antes (2002) do lançamento do VLS na base de Alcântara, no Maranhão, o Coronel de Exército, Oficial de Estado Maior e “profeta”, Roberto Monteiro de Oliveira, ex-chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) afirmou em entrevista que a base maranhense e o VLS seriam destruídos pelos inimigos estrangeiros e nacionais (veja o vídeo aqui).
O mais interessante ainda é que nenhuma autoridade civil ou militar deu atenção a ele. Bendito seja o WikiLeaks que nos uniu no amor pela verdade mais uma vez. Este caso é tão sério que nos leva a ter a obrigação de olhar com outros olhos à política externa pró-americana e alguns grupos políticos nacionais entreguistas e lesos pátria.
O cinismo e a hipocrisia dos EUA são de matar de raiva qualquer um. Eles são a praga que corrói o mundo pelas beiradas e corroem o que há de melhor, o orgulho dos povos.
Aquela explosão em Alcântara que até hoje “não foi explicada” e muitos estrangeiros vistos na cidade na época é roteiro de um bom filme de Hollywood sobre sabotagem e espionagem. Esses EUA não aprendem, acham que o mundo é besta. Recentemente tiveram que engolir o chinês, com tapete vermelho e tudo por causa dos “zilhões” chineses que vão salvá-los da crise, mas não perdem a pose.
Dona Michele Obama parecia um pavão. Mao deve ter-se revirado na cova, mas de tanto rir dos yankees. Quem diria? Tapete e vestido vermelho? Não se enganem. Obama é mais um presidente estadunidense típico. A única diferença é que ele é negro, um negro da elite branca estadunidense. É assim que sua foto é postada nos jornais e em revistas. Daqui a pouco vira branco. A escola de samba do Salgueiro agradece a idéia, mas não quer esse mulato em suas alas. Ele não fará a menor diferença. Os norte americanos nunca vão permitir negócios com tecnologia espacial (satélites e foguetes) que não passem por sua alçada primeiro. Só eles podem nos vigiar e nos dizer quando é que vai chover forte sobre o Rio de Janeiro.
Temos que nos livrar dessa praga. Nossa Presidente Dilma tem que procurar os russos e dar uma banana para o sorriso bonito do mulato Obama e sua bela mulher de vestido vermelho. Mulatas, mulatos, nós temos aos milhões e são todos brasileiríssimos, mais bonitos, mais simpáticos, trabalhadores e honestos.
Agora vem o lado obscuro dos políticos lesos pátria que muitos ainda insistem em votar. Toda essa história da Base de Alcântara teve como ápice o Acordo de Salvaguardas Tecnológico (clique aqui para ver em detalhes este acordo publicado no blog do jornalista Luiz Carlos Azenha) que o então senhor Presidente Fernando Henrique Cardoso e sua trupe tucana assinaram com os EUA (graças a Deus temos pessoas nacionalistas no Congresso Nacional que vetou este ato de subserviência e entreguismo do PSDB, liderado por FHC).
O resumo deste acordo é que a região de Alcântara seria uma nova Guantánamo (base naval e presídio militar americano no território cubano). Ou seja, os senhores do PSDB queriam doar, isso mesmo, doar uma parte do território nacional para os gringos.
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