E os escribas e fariseus trouxeram Lhe uma mulher, apanhada em adultério; a puseram em sua frente entre a multidão, perguntando a Ele:
- Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Moisés nos ordenou na Lei que tais mulheres devem ser apedrejadas; o que dizes Vós?
Assim falaram tentando-O, para que pudessem acusá-Lo. Mas Jesus se abaixou, e com o dedo escreveu no chão [como se não os ouvisse].
Então, como eles continuaram a lhe perguntar, Ele se levantou, e disse:
- Aquele que entre vós estiver sem pecado, que atire a primeira pedra.
E novamente Ele se abaixou, e escreveu no chão.
E aqueles que ouviram, condenados pela [sua própria] consciência, saíram um por um, começando pelos mais velhos, até o último: e Jesus foi deixado sozinho, com a mulher parada entre a multidão.
Quando Jesus se levantou, não viu mais ninguém além da mulher, disse a ela:
- Mulher, onde estão aqueles que vos acusavam? Ninguém vos condenou? - Ela disse:
- Ninguém, Senhor. E Jesus disse a ela:
- Nem eu vos condeno; vai, e não tornai a pecar.
Poucos sabem, porém a história continua:
Schlomo, que era ateu e não tinha pecados porque pecado é especificamente um conceito de transgressão do código moral definido por uma religião, voltou até onde Jesus e a vagabunda estavam, pegou uma pedra deste tamanho e tacou nos cornos da vagabunda. A vagabunda estrebuchou no chão. Não morreu, mas quase... e Jesus saiu murmurando: “ateu filho da puta… estragou a minha estória”.
Adaptado e complementado de um ensaio de 2006 do Rafael Galvão
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