Entenda o que é e o que se pretende na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que começou ontem em Copenhague, na Dinamarca.
De 7 a 18 de dezembro, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que abrange 192 países, vai se reunir em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima - COP-15.
O objetivo é traçar um acordo global para determinar o que pode ser feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kioto.
O Protocolo de Kioto, assinado em 1997, durante o COP-3 e ratificado em 2005, estabelecia metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, que historicamente contribuíram mais para a concentração desses gases na atmosfera.
O acordo determina a redução em 5% das emissões, em relação aos níveis de 1990. O primeiro período de compromisso do protocolo termina em 2012, mas a maioria das metas fixadas não foram atingidas. A reunião de Copenhague terá que definir os próximos passos do acordo climático global e como efetivar as ações.
O que está em jogo
O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), formado por 2,5 mil cientistas, afirma que a Terra já aqueceu cerca de 0,7 graus Celsius (ºC) desde a Revolução Industrial. O IPCC projetou cenários futuros que preveem o aquecimento do planeta em pelo menos 1,8°C até o fim deste século, dependendo das medidas tomadas pelos países para reduzir as emissões.
Metas x Compromissos voluntários
O Protocolo de Kioto previa metas obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa para a União Europeia e mais 37 países industrializados. Os países em desenvolvimento, como o Brasil, da China e Índia, não tinham reduções obrigatórias naquele tratado. Metas obrigatórias para esses países, a principio, não deverão entrar no texto que sairá da COP-15, mas essas nações serão cobradas a ter compromissos mensuráveis, reportáveis e verificáveis de redução de emissões em nível nacional. Mas existem divergências quanto a isso, e esse ponto pode ser modificado.
Principais pontos da negociação
Além das novas metas e compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa para o período pós-Kioto, na COP-15 os países terão que negociar como será feita a transferência de tecnologia de países industrializados para que os países em desenvolvimento possam realizar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O financiamento dessas ações também não está definido. O Banco Mundial estima que sejam necessários pelo menos US$ 400 bilhões por ano para que os países em desenvolvimento enfrentem as mudanças do clima.
A preservação de florestas para evitar emissões de gases de efeito estufa deve ser incluída no acordo, no mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação - REDD. É preciso definir como os países que mantêm a floresta em pé serão recompensados: por meio de um fundo com contribuições internacionais voluntárias, com a geração de créditos de carbono negociáveis no mercado ou com um mecanismo híbrido entre fundos e mercado.
Texto adaptado do portal Agência Brasil.
Atualizado às 14:57
O Cop15 tem seu primeiro dia marcado pela relativa omissão: o fato de todo mundo estar fazendo corpo mole, se fixando em generalidades e ninguém falando em assinar (ou pelo menos caminhar para) um documento que seja vinculado legalmente à princípios internacionais.
Analise do primeiro dia aqui
http://www.youtube.com/vcivilis - (1º video - o do Papai Noël)
Mas isso é normal. As primeiras ações são de todo mundo estudar a arena, os "adversários" só depois dar os primeiros lances. Vamos ver, quem será que vai dar o primeiro passo?
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