Uma das maiores farsas que se coloca é de que a crise mundial que se abateu sobre o capitalismo acabou e que voltamos a navegar em águas calmas. Nada mais falso.
Essa crise se estabeleceu pelo fato de a economia mundial ter se estratificado em cima de “bolhas” – sistemas econômicos fictícios, que não podem ter uma sustentação real indefinidamente. Ora, se o PIB de todo o mundo anda por volta de US$ 60 trilhões; os papéis que voam mundo afora somam estimados entre US$ 600 trilhões a US$ 1 quatrilhão. Ou seja, são apenas papéis, sem lastro de riqueza.
Mas há uma modalidade de riqueza sólida, cujo preço sobe sem parar, mais sólida que o petróleo: trata-se do velho e bom, em prosa e verso cantado, ouro. Esse sim, um ativo que não há meio de ser falsificado.
Na há meio?... não, não havia!…
Em On Doing God’s Work, o autor Rob Kirby nos conta uma história que nada tem a haver com as carochinhas, mas se assemelha mais a um conto de terror. Como falsificar ouro? Simples: basta revestir de ouro uma barra de tungstênio, que custa 10 dólares ou 17,31 reais a libra (454 g). Ontem o grama de ouro estava cotado a 60 reais na BMF; uma libra custaria então 27.240 reais. Como identificar uma barra falsificada?
Pelo peso é impossível: ambos tem a mesma densidade.
Se quiser saber os nomes dos principais falsificadores, basta ir ao artigo do link acima (ou aqui para uma tradução, em português de Portugal). Mas não espere encontrar mafiosos italianos ou especialistas franceses do crime perfeito a la Arsène Lupin. A coisa está muito mais para o banco central inglês, ou no alemão, ou no maior banco privado do mundo… a que ponto chegaremos?
Boa leitura.
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