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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Livraram a cara de mais um!... coisas sinistras para a história do Brasil


Aparecem nesse vídeo:

- os empregados de Daniel Dantas a combinar a propina do agente federal;

- as acusações que aparecem contra Dantas na Operação Satiagraha, que o agente usa como isca para receber a propina: lavagem de dinheiro, por exemplo, é a mais leve.

- os empregados de Dantas dizem que é preciso destruir a Satiagraha de tal forma que ele, Dantas, a mulher e o filho se livrem da cadeia;

- a propina acima de US$ 500 mil exigiria uma nova conversa com Dantas, porque ele só tinha autorizado até aquele valor;

- uma parte da propina em reais chega a ser paga, num segundo vídeo;

- na Satiagraha, uma fortuna em reais é encontrada na casa do empregado de Dantas;

- aparece de forma exuberante na reportagem do jornal nacional o notável jurisconsulto Luiz Eduardo Greenhalgh em conversa com o Ministro Gilberto Carvalho. É nessa edificante conversa que Greenhalgh – de certa vocação para psiquiatra, percebe-se – diz a Carvalho que é preciso tomar cuidado com o delegado Protogenes Queiroz, porque ele é “meio descontrolado”.

- No âmbito da Satiagraha sabe-se que Greenhalgh é o “Gomes” das conversas secretas dos comparsas de Dantas.

- Aparece também no jornal nacional o notório Dr Luiz Fernando Corrêa, aquele que não achou o áudio do grampo até hoje, que vai cuidar da segurança da Copa (êpa ! êpa !) e dirigia a Polícia Federal. Corrêa tinha que saber de tudo, porque estava em ação um tipo “meio descontrolado”.

[...]

Este vídeo deveria ser exibido em todas as escolas de Direito do Brasil.

Ele é uma página exemplar de como a Justiça do Brasil não aplica o Direito.

Por causa deste vídeo, o corajoso Juiz Fausto De Sanctis mandou prender Dantas uma segunda vez.

Quarenta e oito horas antes, o Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Mendes já tinha dado um HC a Dantas.

Com o vídeo – ou seja, a nova prova cabal -, Gilmar toma a espantosa decisão de conceder um segundo HC a Dantas.

[...]


E é por isso que Dantas, o passador de bola apanhado no ato de passar bola, vai por aí, solto e mais livre do que você e eu, amigo leitor.

[...]


Três dos cinco ministros do STJ – entre eles o Dr Macabu, o relator, cujo filho trabalha no escritório do advogado de Dantas na causa – anularam a Operação Satiagraha.

Consideraram ilegal a Satiagraha valer-se de agentes da ABIN.

Certamente esses três juízes preferiam que o delegado Protógenes Queiroz recrutasse para as tarefas secundárias, burocráticas, de amanuense, contadores das Casas Bahia.

Ou da estação da CIA em Brasília, na Embaixada dos EUA.

Por que o delegado Protógenes teve que recorrer à ABIN?

(O que, de resto, é absolutamente rotineiro e, acima de tudo, legal!)

Porque o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa desfalcou a equipe que o delegado Paulo Lacerda tinha destinado à Satiagraha.

Corrêa prometeu a Protógenes, na frente de Lacerda, que manteria o efetivo da Satiagraha.

Assim que assumiu o cargo, a primeira coisa que Corrêa fez foi tirar o oxigênio da Satiagraha.

Dependesse do Corrêa, a Satiagraha não ia adiante – não respirava.

Existem
supeitas fortes que Corrêa só foi para a Polícia Federal porque tinha a missão de dinamitar a Satiagraha.

Trata-se de uma suspeita que breve se confirmará.

Agora, o STJ diz que usar a ABIN e, não, os contadores das Casas Bahia, é ilegal e destrói tudo o que a Satiagraha fez.

E este vídeo, vai mandar apagar ?

Vai retirar dos arquivos da Rede Globo e mandar botar fogo ?

O STJ já tinha destruído a Castelo de Areia, porque, a certa altura da investigação, houve uma denúncia anônima.

E o STJ considerou que denúncia anônima vale para denunciar sequestrador e pedófilo, mas, não, para botar rico na cadeia.

Este vídeo do passador de bola apanhado no ato de passar bola é um registro da falência de certa Justiça.

Ele deveria ser exposto num mural multimídia das escolas de Direito.

Ele contém a História do Brasil.

Como os filmes do John Ford contam a dos Estados Unidos.



Excertos do post de Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada



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