pescado no Diário Gauche do Cristovão Feil
O Brasil é um fenômeno cultural e antropológico absolutamente desconhecido, porém único. Do que se trata essa festa (no vídeo acima)? É uma festa popular ou uma promoção comercial? Ou ambas? Observem que o universo infantil se aproxima do universo adulto, conectado por um halo erótico, prematuro para alguns, reprimido para outros (vide o buliçoso cavalheiro, ao fundo). Paira um clima de antecâmara da pedofilia, ou não? Seriam tão-somente manifestações autênticas e espontâneas da alegria popular? E por que poucos sorriem? De qualquer forma, tratam-se de expressões populares profanas. O nome do DJ diz tudo: Curinaldson. Aos poucos, os nomes inspirados na forte religiosidade popular vão cedendo a nomes seculares retirados da TV, do futebol, etc. Uma coisa é certa, a Igreja já não é mais o tutor moral da sociedade, os nomes das pessoas são os primeiros a refletir esse fenômeno. E a estética do lugar? Também não se trata de uma estética burguesa etnocêntrica, europeia. Como não tivemos uma revolução burguesa no País, não houve nenhuma inspiração estética que o elemento nacional-popular pudesse reconhecer e adotar. Evidencia-se, ao contrário, uma composição justaposta e sincrética - quase naïf - na decoração do ambiente. Praticamente, vê-se ali, uma obra do velho Arthur Bispo do Rosário ao vivo.
Isto posto, e convocando os pernósticos da linguagem e os estetas da ignorãnça - muito em voga, face a critica à cartilha do MEC para o EJA - é de perguntar: este é o Brasil certo ou o Brasil errado? [Nada disso, evidentemente.]
Que Brasil é esse, afinal?
Isto posto, e convocando os pernósticos da linguagem e os estetas da ignorãnça - muito em voga, face a critica à cartilha do MEC para o EJA - é de perguntar: este é o Brasil certo ou o Brasil errado? [Nada disso, evidentemente.]
Que Brasil é esse, afinal?
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