Cezar Taurion, no Portal 2014
Os gestores de empresas e os governantes de países, estados e cidades poderiam pensar em uma sequência de etapas como:
1) Determinar os sistemas mais relevantes e os interrelacionamentos entre eles. Para cidades e governos isto significa identificar os sistemas mais problemáticos e que causam maior impacto, seja social, ambiental ou econômico na vida dos cidadãos. Para algumas cidades podem ser os congestionamentos. Para outras, a segurança pública. E para uma terceira, estes dois fatores e mais uma elevada taxa de desemprego. Já os CEOs devem identificar quais os sistemas que causam maior impacto na operação de suas empresas e quais os impactos que estas operações causam nos sistemas do planeta.
2) Quantificar as ineficiências. Cada sistema tem seu conjunto de KPIs (Key Perfomance Indicators) que podem ser usados para medir e visualizar as ineficiências. Alguns exemplos, ligados ao sistema de saúde, podem ser a taxa de mortalidade infantil, o crescimento dos gastos com saúde pública ano a ano, o número de médicos ou dentistas por 1.000 habitantes e assim por diante.
3) Analisar as causas das ineficiências. Uma vez identificadas, é absolutamente essencial determinar as suas causas. É importante também determinar que stakeholders (governos, empresas, cidades) serão mais críticos na definição da solução.
4) Identificar e estimar os benefícios. As ineficiências sistêmicas envolvem múltiplos atores. Estes precisam ser motivados e o seu nível de contribuição está diretamente relacionado com os benefícios que obterão. Assim, uma estimativa dos benefícios a serem alcançados por cada ator envolvido tem que ser claramente quantificado.
5) Implementar a solução. A imensa maiora das soluções irá envolver mais de um ator. A solução só será completa se houver uma colaboração entre todos os envolvidos. A visão isolada e setorizada tem que dar lugar a uma visão mais holística e colaborativa. Um problema como a segurança pública, por exemplo, envolve diversos sistemas de uma cidade, e não apenas os seus responsáveis diretos. Mas, em todas as soluções a tecnologia tem que ser envolvida e inserida. Os interrelacionamentos têm que ser explicitados e as ineficiências entre eles eliminadas. Eventualmente a própria legislação e os comportamentos e posturas sociais têm que ser mudados, o que pode demandar ampla campanha de motivação.
Um exemplo de como atuar de forma integrada será nas cidades. As cidades, pela sua complexidade, representam um microcosmo do planeta, envolvendo em menor escala todos os problemas que afetam nossa sociedade global. Assim, uma cidade inteligente é um ponto de partida para um planeta mais inteligente.
O termo cidade inteligente (CI) tem vários significados. Podem ser encontradas na literatura várias descrições do que seja uma cidade inteligente, como um equivalente de cidade digital, cidade da informação, cidade conectada, telecidade, cidade baseada no conhecimento, comunidade eletrônica, espaço comunitário eletrônico etc.
Um exemplo de como atuar de forma integrada será nas cidades. As cidades, pela sua complexidade, representam um microcosmo do planeta, envolvendo em menor escala todos os problemas que afetam nossa sociedade global. Assim, uma cidade inteligente é um ponto de partida para um planeta mais inteligente.
O termo cidade inteligente (CI) tem vários significados. Podem ser encontradas na literatura várias descrições do que seja uma cidade inteligente, como um equivalente de cidade digital, cidade da informação, cidade conectada, telecidade, cidade baseada no conhecimento, comunidade eletrônica, espaço comunitário eletrônico etc.
Um outro significado foi dado pela World Foundation for Smart Communities (ou "Fundação Mundial de Comunidades Inteligentes", em tradução livre), que associa cidades digitais ao crescimento inteligente, um tipo de desenvolvimento baseado nas tecnologias da informação e da comunicação. "Comunidade Inteligente é aquela que fez um esforço consciente para usar a tecnologia da informação para transformar a vida e o trabalho dentro de seu território de forma significativa e fundamental, em vez de seguir uma forma incremental" (California Institute for Smart Communities, 2001). Esta é a definição que eu adoto.
Assim, o uso das potencialidades de instrumentação e interconexão que as tecnologias nos oferecem hoje será usada para criar um ambiente mais inteligente, onde os sistemas, processos e infraestrutura de uma cidade serão providos de mais inteligência, para oferecerem uma melhor qualidade de vida para seus habitantes.
À medida que as cidades crescem em população (em 2025 quase 2 bilhões de pessoas estarão morando em cidades com um milhão ou mais de habitantes) e importância econômica, elas se reposicionam no contexto da economia global, adquirindo mais e mais influência, não só econômica, mas também política. Em termos econômicos, se reposicionam como hubs de uma sociedade mais voltada a serviços. Entretanto, precisam melhorar de forma substancial sua infraestrutura para poderem desenolver este novo papel com proficiência.
Operacionalmente as cidades são constituídas por um conjunto de sistemas básicos que formam o cerne do seu funcionamento: são os sistemas de gestão ou serviços de coordenação dos diversos setores que compõem a administração urbana, os sistemas que atendem aos cidadãos (segurança pública, saúde e educação), o que atende ao transporte público, aos serviços de comunicação, fornecimento de água e energia e assim por diante.}
Estes sistemas, em sua imensa maioria, oferecem espaço para melhorias signficativas, sejam porque operam em cima de infraestruturas antigas ou porque o crescimento acelerado da urbanização excedeu a capacidade do sistema em prover os seus serviços de forma adequada. Mas, estas melhorias não serão alcançadas da forma usual.
Não iremos melhorar de forma substancial o trânsito simplesmente abrindo mais ruas e avenidas, simplesmente porque as cidades não têm mais espaço para estas novas ruas. Precisamos é de uma nova forma de pensar e agir, embutindo novas tecnologias nestes sistemas básicos, criando uma cidade inteligente.
Estes sistemas, em sua imensa maioria, oferecem espaço para melhorias signficativas, sejam porque operam em cima de infraestruturas antigas ou porque o crescimento acelerado da urbanização excedeu a capacidade do sistema em prover os seus serviços de forma adequada. Mas, estas melhorias não serão alcançadas da forma usual.
Não iremos melhorar de forma substancial o trânsito simplesmente abrindo mais ruas e avenidas, simplesmente porque as cidades não têm mais espaço para estas novas ruas. Precisamos é de uma nova forma de pensar e agir, embutindo novas tecnologias nestes sistemas básicos, criando uma cidade inteligente.
Uma cidade inteligente não surge de uma dia para outro, é uma jornada longa. É um processo revolucionário, não evolucionário, que demanda nova maneira de se fazer as coisas. Demanda um novo patamar de colaboração, não apenas entre os diversos setores de uma instância de governo, como a municipal, mas desta com os órgãos dos governos estadual e federal. E vai se defrontar com resistências às mudanças, a relutância em mudar o conhecido e entrar em uma região ainda a ser desbravada, com novos parâmetros e maneiras de se pensar e agir.
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