por Alexandre Mansur, na Época (vixe!... vixe!...) - sugestão do meu amigo Corupá, um dos 17 leitores deste blog indígena
O sul dos Estados Unidos estão secando lentamente. Este ano, uma estiagem recorde no Texas gerou grandes incêndios que destruíram florestas e casas. Também reduziu os níveis dos depósitos subterrâneos de água, de onde o estado tira parte do seu abastecimento. Hoje, esses reservatórios naturais estão em seu nível mais baixo em 63 anos. O mapa acima, feito pela Nasa, agência espacial americana, exibe onde a coisa está mais complicada. A imagem mostra quanto havia de água no subsolo no dia 28 de novembro, em relação à média entre 1948 e 2011. As áreas mais vermelhas indicam onde sobrou 2% da água. As regiões mais críticas incluem metade do Texas, além de porções do Novo México, Louisiana, Alabama e Georgia.
Para vários pesquisadores, essa seca acentuada é coerente com os estudos que simulam as mudanças previstas por consequência do aquecimento global. Segundo esses levantamentos, a região do sudoeste americano pode ficar até 20% mais seca nos próximos 50 anos. Um dos principais estudos, da NOAA, agência americana de oceanos e atmosfera, prevê anos difíceis, comparáveis aos da depressão dos anos 30 nos EUA, que ganharam o nome de Dust Bowl.
Esse tipo de tragédia é o cenário de um mundo atingido pelas mudanças climáticas em curso, provocadas pelas emissões humanas. Mas um acordo para reduzir o estrago provocado pelo aquecimento global depende hoje, mais do que tudo, de um compromisso dos Estados Unidos, o país mais rico e mais poluidor. Infelizmente, esse compromisso está emperrado por um Congresso americano dominado por gente que questiona não só os climatologistas como a própria ciência. É o que explica a terceira nota do editorial de Época desta semana. No país, que já liderou o mundo diante de outras ameaças, como na Segunda Guerra Mundial, a vontade política para atacar o problema global parece ter evaporado. Como se as consequências de um mundo com clima descontrolado não fossem afetar os americanos. Em boa parte por essa seca de ideias americana, há pouca esperança de qualquer avanço na negociação de um acordo internacional sobre o clima, que se arrasta nesta e na próxima semana em Durban, na África do Sul.
NOTA DOS INDIOS DE LATINO AMÉRICA
Onde os irmãos do North virão resolver seus problemas de abastecimento de água quando aquilo lá for tudo pro inferno?...
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