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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ativistas do Anonymous entram no prédio da editora (1º de) Abril e protestam contra a capa do panfleto semanal colorido

pescado no BOL/UOL Noticias


Cerca de 50 manifestantes dos movimentos Anonymous e Ocupa Sampa entraram por volta de 18h desta sexta-feira (28) no prédio da Editora Abril, na zona oeste de São Paulo, para protestar contra a revista “Veja”, que na edição do último sábado (22) estampou na capa a máscara símbolo do Anonymous para ilustrar uma reportagem sobre combate à corrupção.

A capa da discórdia...

  • Edição do sábado (22), criticada pelos ativistas do Anonymous

Segundo Rafael Vilanova, 25, que participa do protesto, os Anonymous não querem ver a imagem do grupo ligada à revista. “Repudiamos a capa da 'Veja', que usurpou a verdade e manipulou nossa mensagem, nossa ideia". A imagem usada pela revista é a máscara branca, com cavanhaque preto, que representa o soldado inglês Guy Fawkes e foi usada na série em quadrinhos "V de Vingança", de Alan Moore.

No protesto, os ativistas --entre eles malabaristas e artistas circenses-- exibiram cartazes contra a revista, com os dizeres “A Veja não me representa” e “Chega de mentiras”. Eles exigiram que a revista publique, na próxima edição, uma carta do grupo. Os manifestantes deixaram o local por volta de 18h45.

Quem são os manifestantes?

Os Anonymous são ativistas que promovem ataques via internet como ferramenta de protesto. O grupo já participou de ações contra sites de pornografia infantil, do governo federal e de operadores de cartões que proibiram doações ao Wikileaks.

O grupo se incorporou ao “Ocupa Sampa”, ou “15.0 São Paulo”, coletivo de manifestantes anticapitalistas que ocupa parte do Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, desde 15 de outubro. Nessa semana, foi publicado na página do 15.0 um texto contra a reportagem da revista.

“Veja tenta confundir o leitor, fazendo parecer que a sua luta específica contra o governo Dilma e a favor dos empresários é a luta dos acampamentos de indignados. A Veja não nos representa. Nossa luta não é simplesmente contra o governo Dilma. Nossa luta é contra o Capital e os governos de um modo geral”, diz um trecho do texto.

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