POLÍTICA
♦ A política dos sonhos de todo índio Botocudo
é a de que os partidos políticos cuidassem para que todos os candidatos que vão
inscrever para concorrer às eleições municipais, tenham um bom currículo e não
uma boa folha corrida. Ter cometido crimes, desrespeitado normas e leis,
deveria ser coisa que os partidos considerassem muito grave, a ponto de negar o
registro a esses indivíduos. E o eleitor, protegido dessa forma pelo que a
política tem de melhor, que são os partidos políticos bem estruturados, não
precisará escolher entre os vários oportunistas, quiça ladrões, que em geral
aparecem como candidatos.
♦ Mas o que na realidade vai continuar
acontecendo, em 2012 e depois, é que os partidos políticos vão continuar não
muito preocupados com o passado (ou a moral ou a ética) dos candidatos que
inscreveram para concorrer às eleições municipais. Ter cometido crimes,
desrespeitado normas e leis, é coisa muito relativa, nem sempre suficiente para
negar o registro a esses indivíduos. E o eleitor, como sempre, terá que
escolher entre vários oportunistas que querem se arrumar, alguns ladrões,
diversos suspeitos, alguns paspalhos e um ou outro menos incompetente. E,
quando dá merda, ainda acaba levando a culpa: "O brasileiro não sabe votar
mesmo!...". Um exemplo sintomático desse descalabro é a volta do “honestíssimo”
senador paraense Jader Barbalho.
JUDICIÁRIO BRASILEIRO
♦ Um sistema jurídico ideal que todo índio do Toldo
Taquara aqui espera é um que fosse providenciar um mutirão nacional para
apontar todas as leis mal redigidas, escritas de forma dúbia, confusas, que
permitem múltiplas interpretações, para que os parlamentos refaçam tudo também
em regime de mutirão. E os espertíssimos parlamentares que foram responsáveis
pelas leis mal feitas, cheias de brechas e vicios, fossem imediatamente
enviados para o Haiti, para atuar na força de paz limpando latrinas, trocando
fraldas e cuidados de hospitais de campanha.
♦ Mas desgraçadamente o que teremos em 2012 é a
continuidade do que juizes têm demonstrado amiúde nos últimos tempos: que são
iguais a todos os demais servidores públicos graduados. Insurgem-se
irracionalmente contra a fiscalização de seus feitos; protegem com unhas e
dentes os empregos de seus parentes, amigos e afilhados; sabem que há, entre
eles, laranjas podres, mas hesitam em afastá-las do cesto dourado de suas
sinecuras. E os bons, acovardados num silêncio cúmplice, permitem que a
população se sinta desamparada numa terra sem lei. Estamos no mato sem
cachorro!... Vide o caso CNJ.
IMPRENSA TUPINIQUIM
♦ Eu sempre imaginei a imprensa era uma instituição vinculada à cultura do
esclarecimento e da informação.
♦ Hoje
sei que é o contrário. Quanto mais eu
estudo os imbróglios midiáticos, mais eu fico estupefato com o volume de desinformação disseminado. E pior, a desinformação é
feita de forma descarada e maliciosa atendendo a vis interesses de poder dos
barões da mídia e seus grupos relacionados (mór das vezes nada mais do que só
as oligarquias DEMo-tucanas).
A mentira e a manipulação são hoje armas de
opressão e destruição maciça, tão eficazes e importantes como as armas de
guerra tradicionais. Em muitas ocasiões são complementares destas.
O caso mais emblemático é o da velha mídia
ignorar completamente o avassalador livro-denuncia “Privataria Tucana” e rufar
tambores e cornetear (Clarins) a plenos
pulmões outro, o tal “Livro do Boni”. O ultimo é um amontoado de curiosidades
categoria “não-informação” e 80% de
autoendeusamento. Fatos importantes cita apenas superficilamente: esclarecimentos mais concretos sobre
parcerias, explícitas ou veladas, com o Grupo Time-Life nos anos 1960,
ou com os governos militares, nos anos de chumbo cita apenas en passant. No livro
também manteve escondida ou minimizada a verdadeira postura da Globo em
episódios como os da Proconsult na eleição do Brizola (fraude eleitoral
patrocinada pelos Marinho), da omissão na campanha das “Diretas Já”,
ou da edição antijornalística e antidemocrática do debate Collor x Lula.
Já o livro solenemente ignorado pela nossa velha mídia, o
do laureado jornalista Amaury Ribeiro Junior é um petardo não só de leitura obrigatória de todos os brasileiros
como merece ter cada uma de suas páginas examinadas a fundo, porque, das
duas uma: ou elas contêm mentiras , invenções ou deturpações, então deveriam
levar o autor às barras dos tribunais, ou as situações ali denunciadas
devem levar as figuras protagonistas pagar pelos crimes de lesa-pátria
descritos, saindo da vida pública para entrar no cotidiano carcerário.
Mas a mídia porca (PIG) sabe disso, por isso o silencio constrangedor.
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