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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O que eu gostaria de ver em 2012... mas o que realmente teremos!...




POLÍTICA

♦ A política dos sonhos de todo índio Botocudo é a de que os partidos políticos cuidassem para que todos os candidatos que vão inscrever para concorrer às eleições municipais, tenham um bom currículo e não uma boa folha corrida. Ter cometido crimes, desrespeitado normas e leis, deveria ser coisa que os partidos considerassem muito grave, a ponto de negar o registro a esses indivíduos. E o eleitor, protegido dessa forma pelo que a política tem de melhor, que são os partidos políticos bem estruturados, não precisará escolher entre os vários oportunistas, quiça ladrões, que em geral aparecem como candidatos.

♦ Mas o que na realidade vai continuar acontecendo, em 2012 e depois, é que os partidos políticos vão continuar não muito preocupados com o passado (ou a moral ou a ética) dos candidatos que inscreveram para concorrer às eleições municipais. Ter cometido crimes, desrespeitado normas e leis, é coisa muito relativa, nem sempre suficiente para negar o registro a esses indivíduos. E o eleitor, como sempre, terá que escolher entre vários oportunistas que querem se arrumar, alguns ladrões, diversos suspeitos, alguns paspalhos e um ou outro menos incompetente. E, quando dá merda, ainda acaba levando a culpa: "O brasileiro não sabe votar mesmo!...". Um exemplo sintomático desse descalabro é a volta do “honestíssimo” senador paraense Jader Barbalho.



JUDICIÁRIO BRASILEIRO

♦ Um sistema jurídico ideal que todo índio do Toldo Taquara aqui espera é um que fosse providenciar um mutirão nacional para apontar todas as leis mal redigidas, escritas de forma dúbia, confusas, que permitem múltiplas interpretações, para que os parlamentos refaçam tudo também em regime de mutirão. E os espertíssimos parlamentares que foram responsáveis pelas leis mal feitas, cheias de brechas e vicios, fossem imediatamente enviados para o Haiti, para atuar na força de paz limpando latrinas, trocando fraldas e cuidados de hospitais de campanha.

♦ Mas desgraçadamente o que teremos em 2012 é a continuidade do que juizes têm demonstrado amiúde nos últimos tempos: que são iguais a todos os demais servidores públicos graduados. Insurgem-se irracionalmente contra a fiscalização de seus feitos; protegem com unhas e dentes os empregos de seus parentes, amigos e afilhados; sabem que há, entre eles, laranjas podres, mas hesitam em afastá-las do cesto dourado de suas sinecuras. E os bons, acovardados num silêncio cúmplice, permitem que a população se sinta desamparada numa terra sem lei. Estamos no mato sem cachorro!... Vide o caso CNJ.



IMPRENSA TUPINIQUIM

Eu sempre imaginei a imprensa era uma instituição vinculada à cultura do esclarecimento e da informação.


Hoje sei que  é o contrário. Quanto mais eu estudo os imbróglios midiáticos, mais eu fico estupefato com o volume de desinformação disseminado. E pior, a desinformação é feita de forma descarada e maliciosa atendendo a vis interesses de poder dos barões da mídia e seus grupos relacionados (mór das vezes nada mais do que só as oligarquias DEMo-tucanas).

A mentira e a manipulação são hoje armas de opressão e destruição maciça, tão eficazes e importantes como as armas de guerra tradicionais. Em muitas ocasiões são complementares destas.


O caso mais emblemático é o da velha mídia ignorar completamente o avassalador livro-denuncia “Privataria Tucana” e rufar tambores e cornetear  (Clarins) a plenos pulmões outro, o tal “Livro do Boni”. O ultimo é um amontoado de curiosidades categoria “não-informação”  e 80% de autoendeusamento. Fatos importantes cita apenas superficilamente: esclarecimentos  mais concretos  sobre parcerias, explícitas ou veladas,  com o Grupo Time-Life nos anos 1960,  ou   com os governos militares, nos anos de chumbo cita apenas en passant. No livro também manteve escondida ou minimizada a verdadeira postura da Globo  em episódios como  os da Proconsult na eleição do Brizola (fraude eleitoral patrocinada pelos Marinho), da omissão  na campanha  das “Diretas Já”, ou da edição antijornalística e antidemocrática  do debate Collor x Lula.

Já o livro solenemente ignorado pela nossa velha mídia, o do laureado jornalista Amaury Ribeiro Junior é um petardo não só de leitura obrigatória de todos os brasileiros como merece ter cada uma de suas páginas examinadas  a fundo, porque, das duas uma: ou elas contêm mentiras , invenções ou deturpações, então deveriam levar  o autor às barras dos tribunais, ou as situações ali denunciadas devem levar as figuras protagonistas pagar pelos crimes de lesa-pátria descritos, saindo da vida pública para entrar no cotidiano carcerário. Mas a mídia porca (PIG) sabe disso, por isso o silencio constrangedor. 

Infelizmente essa imprensa mentirosa e corporativista DEMo/tucana vai sobreviver 2012 e muitos anos ainda.  

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