por Ricardo, leitor e comentarista no blog do Nassif
O projeto da Ekó House é abrigado pela USP, mas conta também com a participação da Unicamp, da UFRJ (Federal do RJ), UFSC (Federal de Santa Catarina) e da UFRN (Federal do RN).
Esta casa "autossuficiente", de 47 m², custará a bagatela de R$ 1.500.000,00 financiados na sua maior parte pela Eletrobrás. Módicos R$ 32.000,00/m².
"Todo o projeto, bem como a construção, está estimado em R$ 1,5 milhão, tendo como principal financiadora a Eletrobras."
O mais curioso é que temos que temos como co-patrocinadores do projeto a Saint-Gobain, Philips, Schneider Eletric e outros gigantes do setor industrial. Supõe-se que este patrocínio tenha reduzido os custos de pesquisa e construção da casa autossuficiente.
Não tenho nada contra projetos de pesquisa que estudem formas alternativas de construção, mais corretas do ponto de vista ambiental. Muito pelo contrário. O problema, é a forma como é vendido o projeto, seu caráter exclusivamente elitista, sua maquiagem étnica:
Apelidada de Ekó House, a construção é inspirada na pluralidade brasileira. Por isso, traz em seu nome a mescla entre uma palavra originada do tupi-guarani – Ekó, que significa “modo de viver”, e House, do inglês, casa.
Projetos como este, ligados mais a um conceito de Greenwashing do que a uma real preocupação com a sustentabilidade, só servem para fornecer munição e justificativa a continuidade da exploração irresponsável de recursos e ridicularização de pesquisas sérias e responsáveis na área ambiental. Mais grave ainda é que nenhuma instância das competentes universidades envolvidas no projeto atente para este fato.
Finalizo com minha preocupação acerca do rumo tomado nesta insistente discussão sobre Sustentabilidade, termo infeliz, cuidadosamente escolhido para tirar do foco uma discussão séria sobre o Consumo e uma distribuição justa da riqueza (de recursos e da tecnologia).
Aos pobres, resta permanecerem anacronicamente pobres e antiecológicos...
A construção é inspirada na pluralidade brasileira. | Imagem: Divulgação
Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e de outras três universidades brasileiras se juntaram para construir uma casa sustentável, que utiliza somente a energia produzida por ela mesma. O projeto também irá representar o Brasil em uma competição internacional.
Apelidada de Ekó House, a construção é inspirada na pluralidade brasileira. Por isso, traz em seu nome a mescla entre uma palavra originada do tupi-guarani – Ekó, que significa “modo de viver”, e House, do inglês, casa.
Para chegar ao modelo final os estudantes analisaram diversos fatores, incluindo as condições climáticas e a melhor maneira de aproveitar os recursos naturais para benefício da habitação. Por isso, a residência contará com uma varanda grande, que servirá como espaço para a socialização e ainda auxiliará o controle da temperatura média e da iluminação interna.
Para fornecer a energia necessária para o funcionamento da Ekó House serão usados painéis fotovoltaicos. Eles irão tornar a casa autossuficiente energeticamente e ainda reduzirão os impactos ambientais gerados pela produção elétrica.
Outro ponto que foi bastante considerado em todo o projeto é a questão dos resíduos. Portanto, serão instalados sistemas que auxiliam o gerenciamento dos detritos. O banheiro seco é um dos exemplos. A tecnologia é responsável pela compostagem eficiente dos resquícios.
A água residual também terá tratamento específico. Segundo o site do projeto, os efluentes provenientes do chuveiro, lavatório e da máquina de lavar roupas serão tratados através de um sistema natural, com filtros feitos de macrófitas, parecidos com jardins. Assim, a água poderá ser utilizada novamente, reduzindo significativamente os gastos.
Todo o projeto, bem como a construção, está estimado em R$ 1,5 milhão, tendo como principal financiadora a Eletrobras. A previsão é de que ela seja finalizada antes de junho deste ano, já que permanecerá em exposição na USP até que seja encaminhada a Madri para a competição internacional.
Vide o pacote do Mantega. Basicamente incentivo pra indústria automobilística. THIS JUST IN.
ResponderExcluirDeixe que entupam nossas cidades de autos. Ai por volta de 2037 vai dar um engarrafamento monstro em que as pessoas vão abandonar seus carros e os mesmos vão ficar lá por outros 17 anos... depois vão jogar concreto em cima e fazer outra estrada.
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