Rainha-mirim da Viradouro rende polêmica até na CNN
A polêmica envolvendo a menina Júlia Lira, que aos 7 anos ganhou o status de rainha da bateria da Viradouro, corre o mundo. Sites dos Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Portugal divulgam a história da criança, que pretende desfilar no posto que, normalmente, é ocupado por mulheres sensuais em trajes microscópicos. Até a CNN, com uma reportagem de 4 minutos, entrou na discussão.
O Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedca) tenta impedir o desfile de Júlia, por entender que a função teria "uma sexualidade intrínseca". Júlia é filha do presidente da Viradouro, Marco Lira. Ele diz não ver problema algum na exposição da menina e enfatizou que mandará para o Cedca a fantasia dela. O carnavalesco Edson Pereira, criador da fantasia de Júlia, admitiu que sua maior preocupação era a de "vesti-la como uma criança".
Mônica Lira, mãe da menina, também disse não vê nada de errado no fato de Júlia desfilar como rainha da bateria - uma função que, como descreve a reportagem da CNN, visa empolgar os ritmistas pela avenida. Juliana Paes e Luma de Oliveira, por exemplo, já foram rainhas de bateria da Viradouro. "Eu tenho muito orgulho da Júlia", disse Mônica à revista Época. "Ela gosta de plateia. Quanto mais gente, melhor."
Júlia cursa a 3ª. série do Ensino Fundamental e, como qualquer outra menina de sua idade, ainda brinca de bonecas. A reportagem da CNN foi filmada num sábado, às 3h da madrugada, como ressalta o jornalista. Havia mais de seis mil pessoas na quadra da Viradouro. Júlia sambou no palco, na frente de todos. No vídeo, ela parecia mais à vontade dançando em casa, na companhia das amiguinhas da mesma idade.
Comentário
Agora quero ver como a Globo vai se sair dessa. Logo ela, tão ciosa e critica quanto a exploração de crianças e pedofilia pela Internet - que é o que ela, Globo, quer demonizar sempre com esse bordão.
A imprensa internacional está deitando e rolando.
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