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sábado, 26 de janeiro de 2013

Isso você nunca verá na Globosta




Ainda bem que existem, aqui e ali, algumas opções de informação alternativas à velha midia babona, como esse jornal Terra, por exemplo.

Para ficar didaticamente informado da estrutura, sinecura  e da máfia que vige nesse matagal que é a geração, distribuição  e venda de energia no Brasil, em face a recente decisão do governo federal de reduzir as tarifas aos consumidor comum, essa entrevista (14:00 minutos) com Carlos Cavalcanti - Diretor de Infraestrutura da FIESP - é fundamental. 

Até o minuto 8:00 explica com todos os detalhes a estrutura da sacanagem vigente. A partir dai vai esclarecer porque essa medida da presidente Dilma deixou os tucanos depenados de tanto bicarem a própria bunda.



5 comentários:

  1. Interessante. Um aspecto é que amortização contábil, pagamento do empréstimo para construção e remuneração do capital são 3 coisas diferentes (assim como o aluguel de um apto vai ser menor que a prestação de um apto comprado, nem o aluguel é gratuito num apto quitado). O ideal do custo de energia ideal remuneraria o capital sem qualquer relação com o "crediário" que é problema de quem o fez, não de quem compra o serviço do primeiro.

    Pode ser uma incorreção decorrente de uma supersimplificação da explicação.

    Quanto ao preço de R$ 6 por MW, achei meio irreal. Ontem um twiteiro comemorou que a energia eólica tava saindo por R$ 80... um número que tenho na cabeça é que energia de usina nuclear sai mais de US$ 100 o MW, no exterior.

    Naturalmente, você pode decretar, por uma questão estratégica, que ativo amortizado contabilmente não é remunerado e acabou-se.

    Outra "salva" da extrema-esquerda, na pessoa da Heloísa Helena, que há muitos anos reclamou que o Brasil exporta energia subsidiada na forma de lingotes de alumínio (já que a bauxita em si vale muito pouco, o valor intrínseco no alumínio é a eletrólise). E era esse tipo de coisa que tornava a energia cara no lado mais fraco que é o consumidor residencial.

    Em 9:20 ele aborda a questão que levantei no outro comentário: dividendos :)

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  2. As produtoras de aluminio nunca pagaram mais que US$20 o MW que recebem de Tucurui, até hoje ao que parece.... amanhã vou comentar mais sobre ese tema todo, agora estou com vontade de ir dormir... heehehe.

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  3. Em 1909 um perigoso subversivo explicou a questão assim: “Estradas são construídas, ruas são construídas, os serviços melhoram, a luz elétrica torna a noite em dia, a água é trazida de reservatórios que ficam centenas de quilômetros nas montanhas — e tudo isso com o dono da terra sentado. Todas estas melhorias são cobertas pelo trabalho das pessoas e custam aos contribuintes. O monopolista da terra não contribui com estas melhorias e ainda assim o valor de sua terra aumenta. Ele não presta serviços à comunidade, ele não contribui em nada com o bem estar geral, ele não contribui em nada com o processo do qual sua riqueza é derivada… o incremento imerecido no valor da terra obtido pelo monopolista vem na exata proporção não do serviço, mas do desserviço prestado”. O subversivo que falou isso era Winston Curchill. Essa sacada de Curchill bem pode ser adaptada à sacanage promovida pelos rentistas que exploram energia aqui na nossa Botocundia.

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  4. Eu acho esquisito essa demonização dos rentistas. Um sujeito que possua R$ 1,7 milhão em ações é mais "demônio" do que outro que receba uma pensão de funcionário público de R$ 10 mil por mês (nem tão incomum)?

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  5. Mudando o foco: o Terra realmente é o mais próximo de uma imprensa plural, e sem pasteurização -- noves fora as bundas que muito amiúde povoam o portal.

    Curiosamente o Terra é da Telefônica, definida (como as demais telecoms) como "do capeta" pelo governo vigente. Em função disto atiraram postas às TVs abertas (o padrão digital DVB-T envolveria as telecoms na transmissão, o ISDB-T mantém tudo verticalizado). A Globo neolulou enquanto foi vantagem e nem um minuto a mais :)

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