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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Bambu - Planta sagrada




por Lucio Ventania, no Feicebúc




Quem ainda não sentiu a natureza oculta? Não se surpreendeu com movimentos suaves, que instigam nossa curiosidade e despertam em nós o desejo de querer saber mais sobre as forças invisíveis que moram nas plantas, nas águas, nas pedras e em tudo que é vivo? Quem nunca ouviu falar de fadas, gnomos, silfos, sacis, curupiras, anjos e arcanjos? Todos esses seres existem, são eles que defendem a terra quando os homens se perdem na insensatez da cobiça. São seres etéreos que possuem poderes divinos para recompor com vida o que o homem insiste em destruir. São seres alegres e encantados que se alimentam de luz, gostam de música e sabem cantar com os pássaros, sapos, grilos, cigarras. São eles os parteiros das elefantas, das onças, das tigresas, das lobas e das leoas. Parceiros dos peixes, mensageiros das sereias, guias das nuvens e das ondas do mar. São íntimos na casa dos ventos. Sim, são eles que acendem o luar, as estrelas, cantam para o sol dormir e acordam as sementes. A esses seres chamamos elementais.


O elemental do bambu é sutil, tem o poder de acalmar as emoções e estimular a criatividade. Se reconhecido com frequência pode auxiliar na cura de inúmeras doenças. O elemental do bambu mora na paz interior dos entrenós da planta, gosta de sair nas primeiras horas da manhã ou no finzinho da tarde, para curtir a luz do sol e brincar com as folhas recém nascidas. Quando a ventania forte faz o bambuzal assobiar é por que tem festa, algazarra de seres nos galhos, ânima de vida no seio da mãe natureza. Para entrar em contato com o elemental do bambu devemos nos tornar crianças. Temos de ser humildes para alcançar a sabedoria. Este elemental está intrinsicamente ligado à nossa coluna espinhal que, verdadeiramente, possui a forma de uma cana de bambu. A cana de bambu de sete nós é a raiz de nossos pés, dentro dela está toda sabedoria dos quatro rios do Éden. Quando compreendemos que as raízes mais íntimas da nossa existência repousam nas profundezas da nossa medula espinhal, descobrimos o mapa sagrado de nossa posteridade. Para entendê-lo temos que invocar o anjo governador de todos os elementais dos bambus, que irá abrir as câmaras santas da nossa espinha dorsal. Para que ele se manifeste temos que nos libertar de todos os medos, preconceitos, ambições, ódios, intelectualismos, conceitos de pátria, partidos políticos, seitas e etc. Em nossa coluna espinhal existem sete Nádis, ou centros ocultos, simbolizados pelos sete nós da cana de bambu. Nossa coluna espinhal é um grande livro onde nossas vidas passadas estão registradas. O anjo governador dos bambuzais lê o nosso livro e ajuda de acordo com a Lei. Para que o elemental possa agir em nossos corpos e almas é preciso trilhar um caminho de iniciação, algo muito interno e delicado. O caminho pode ser encontrado quando estamos descansando ou dormindo. Temos que encontrar um mestre que nos conduza por este caminho. Busca-se o mestre dentro, nas profundezas da consciência. Quando aquele que deseja se iniciar está pronto, o mestre aparece.



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