O Paraná está vivendo dias de convulsão social. O governador Beto Richa (PSDB) tentou impor um “pacotaço de maldades” contra o funcionalismo público e detonou uma onda de revolta no Estado. Várias categorias paralisaram suas atividades. Os grevistas ocuparam a Assembleia Legislativa. Nesta quinta-feira (12), os deputados que tentaram aprovar o projeto, “às escondidas”, foram transportados em camburões da polícia. Apesar do clima de tensão, a sociedade brasileira simplesmente desconhece estes fatos. A mídia privada, sempre tão seletiva na sua cobertura jornalística, faz de tudo para invisibilizar a greve e para proteger o governante tucano. Os protestos não são manchete nos jornalões nacionais e nem destaque na TV Globo. Os blogueiros paranaenses, sempre tão perseguidos pelo censor Beto Richa, são os únicos que furam o bloqueio informativo.
O blog de Esmael Morais, por exemplo, transmite ao vivo as assembleias e protestos das categorias em greve. Ele também acompanhou a ocupação da Assembleia Legislativa e postou o vídeo sobre a fuga dos deputados. Conforme informou nesta quinta-feira, a combativa greve do funcionalismo pode até “afrouxar a tanga” do grão-tucano. “Depois de bombas, tiros com balas de borracha, cães contra professoras e o furo de bloqueio policial por uma massa ensandecida, o governador Beto Richa (PSDB) retirou o ‘pacotaço de maldades’ da pauta da Assembleia Legislativa do Paraná. Os deputados governistas chegaram de camburão da PM e entraram em um anexo do legislativo pelas portas dos fundos. Diante da tomada total do espaço pelos manifestantes, os parlamentares encerram a ‘sessão secreta’ e se retiraram do local também dentro do rabecão policial”.
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As postagens dos blogueiros e a nota dos parlamentares confirmam o caos vivido pelo rico Estado do Paraná. Elas também explicam a radicalidade da greve e dos protestos das várias categorias do funcionalismo público. Apesar disto, a mídia privada – nos dois sentidos da palavra – não dá qualquer repercussão à grave situação. Ela faz de tudo para proteger os tucanos – seja censurando menções ao ex-presidente FHC na midiática operação Lava-Jato da Polícia Federal, ou escondendo a gravíssima crise da falta de água em São Paulo para garantir a reeleição de Geraldo Alckmin, ou tentando invisibilizar a poderosa greve contra o tucanato no Paraná. A seletividade e parcialidade da mídia nativa é algo repugnante...
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