A cena se passou sexta-feira, nos Estados Unidos, paraíso do pensamento “coxinha” brasileiro. Timothy Dean Alsip, 50 anos, entra numa agência do Bank of America filial, em Portland e entrega um bilhete a um dos caixas.
“Isto é um assalto. Entregue-me um dólar”.
Depois de receber o dólar, Alsip sentou-se no hall de entrada e esperou a polícia, disseram funcionários segundo o jornal OregonLive .
Quando os policiais chegaram ao banco, o Alsip disse que era um “sem teto” e precisava de assistência médica. Como resultado, ele foi jogado na cadeia do condado de Clackamas sob a acusação de roubo em segundo grau com uma fiança de US $ 250 mil.
É a isso que leva um sistema privadíssimo de saúde como o americano, onde a direita se insurge contra qualquer tentativa de medicina pública. Mas está tudo dentro da lei, como exigem alguns doutores de jaleco branco ou de toga negra.
Obscurantistas, como os monstros da Idade Média, sobre os quais o Giordano Bruno – o da peça de Bertold Brecht – teve de dizer o seu “eu sustento que a única finalidade da ciência está em aliviar a miséria da existência humana”. Também nós não devemos ter medo de falar, se não nos fizerem como ao Bruno em Roma, pondo-lhe um pedaço de madeira como rolha à boca.
A ciência, muito menos a ciência médica, pode ser evocada para justificar o abandono de seres humanos.
Idem a lei.
Ambas, se não trabalham pelo ser humano, são odiosas e desprezíveis.
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