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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Guerra na Síria trocada em miudos [2]



excerto adaptado de texto de Eliakim Araujo, no seu Direto da Redação


Na CNN que transmitia a audiência dos homens da guerra dos Estados Unidos, o secretário de Estado, John Kerry, o de Defesa, Chuck Hagel, e o chefe das forças armadas, General Martin Dempsey. São eles os encarregados de convencer os parlamentares de que o melhor para os Estados Unidos é atacar a Síria.

Algumas frases que dão uma ideia de como os senadores americanos tratam um assunto tão sério quanto o bombardeio de um país. Não se ouve nenhuma palavra sobre diálogo ou negociação. Dar uma lição em quem desobedeceu as ordens do império e mandar um aviso aos demais, parecia ser o pensamento dominante entre os líderes republicanos e democratas que discutiram nesta terça-feira no Senado.

- Nós nao podemos fechar nossos olhos

- Nossa credibilidade está em jogo

- A China vê os EUA como um tigre de papel

- Não haverá invasão nem ocupação da Síria

- Totalmente falsa a comparação com o Iraque

- Impunidade está trabalhando a favor de Assad

- Necessitamos jogar duro contra a Síria

- Síria está se tornando um novo Afeganistão

- Síria tornou-se um porto seguro para os terroristas

- Os efeitos colaterais dos bombardeios serão mínimos

- O objetivo é destruir a capacidade de defesa síria

- O ataque à Síria é um aviso aos demais países

Enquanto os senadores discutiam a punição de Bashar al-Assad, uma pesquisa Washington Post-ABC News informava que quase 60 por cento do povo americano é contrário ao ataque à Síria.


Obama ganhou nesta terça-feira o apoio dos principais líderes republicanos, John Boehner, o presidente da Câmara dos Deputados, e Eric Cantor, líder republicano na mesma Casa. Acho que é a primeira vez que esses dois inimigos figadais do presidente declaram seu apoio a uma iniciativa sua.

As cartas estão na mesa. Pelo clima hoje na audiência no Senado, o bombardeio à Síria é irreversível e não vi ninguém preocupado com as consequências.

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