por Alan Souza, comentarista do blog do Nassif
Henrique Capriles foi eleito em 2012 governador do Estado Miranda, na Venezuela. Venceu por uma diferença de 47 mil votos. Ninguém alegou fraude, ninguém pediu recontagem de votos, ninguém questionou a legitimidade da sua vitória.
Quatro meses depois Nicolás Maduro vence Capriles na eleição presidencial por 262 mil votos de diferença. Mídia mundial acusa a eleição de fraudulenta, EUA e OEA questionam a legitimidade da vitória de Maduro, e pedem recontagem de votos.
Falando em EUA: Em 2000 George Bush foi eleito presidente dos EUA ao vencer a eleição na Flórida por uma vantagem de 900 votos sobre Al Gore. Gore pediu uma recontagem dos votos e a Suprema Corte dos EUA negou o pedido: decidiu que era mais importante cumprir os prazos eleitorais do que garantir uma recontagem de votos e a lisura do pleito.
Bush foi eleito presidente dos EUA sem ter o voto da maioria da população - teve 543 mil votos a menos que Al Gore, o derrotado, algo que não ocorria desde 1888.
E agora os EUA, que não recontaram seus votos por conta de uma diferença de 900 votos, por achar que os prazos eleitorais são mais importantes, querem que a Venezuela reconte os votos, por causa de uma diferença de 262 mil votos.
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