por Marcos Nunes, comentando no Diário do Centro do Mundo
O problema da Copa não é a Copa em si, mas a caixa preta que é toda e qualquer ação de Estado. Se fosse construídos hospitais e escolas, daria no mesmo: as contas não fechariam. Não há transparência nos gastos públicos. E quebrar o país para exigir transparência não me parece uma boa saída. Restam as eleições, mas, nelas, o que vemos é mais do mesmo, com aqueles representantes "do povo" que representam setores econômicos, de banqueiros a fazendeiros, passam por mídia e clubes de futebol e outros mais, então, não teremos Reforma Tributária de fato, não teremos reforma do Judiciário, não teremos Reforma Administrativa, não teremos nada além da continuidade de uma política que mantém as mesmas estruturas e não atinge meta senão aquelas de interesses exclusivos.
Há, claro, quem veja que está tudo bem, tudo legal, e que temos até, ai, ai, ai, um "projeto para o país". Não, não temos: vamos aos tropeções, aos soluços, às concessões, e tome banqueiro alegre, tome privatização de poços de petróleo, tome aumento de taxa de juros, tome ortodoxia...
... e, é claro, quando se tenta e não consegue, resta reclamar do Judiciário, até com razão, mas não basta. Cadê a capilaridade do governo com os movimentos sociais que poderiam oferecer suporte às mudanças estruturais? Não há. O governo prefere que a população veja Dilma como a "Mãe Dilma", Lula como "Papai Lula"...
Deixando claro que não sou contra a copa aqui, sou até muito a favor, mas vejo que, infelizmente, o que poderia ser excelente para o país, só será razoável. E não adianta colocar a culpa só nos "brequebroques". Se tivesse feito conforme projetado, com todas as obras de mobilidade urbana e sem vitimar moradores de áreas carentes, os governos só colheriam louros, principalmente se confrontassem os empresários das empresas de ônibus e até estatizassem os serviços para impedir abusos e locautes.
Mas não!... de concessão em concessão, vamos tropeçando, às vezes indo em frente, às vezes caindo no chão.
E tá duro de levantar.
O problema da Copa não é a Copa em si, mas a caixa preta que é toda e qualquer ação de Estado. Se fosse construídos hospitais e escolas, daria no mesmo: as contas não fechariam. Não há transparência nos gastos públicos. E quebrar o país para exigir transparência não me parece uma boa saída. Restam as eleições, mas, nelas, o que vemos é mais do mesmo, com aqueles representantes "do povo" que representam setores econômicos, de banqueiros a fazendeiros, passam por mídia e clubes de futebol e outros mais, então, não teremos Reforma Tributária de fato, não teremos reforma do Judiciário, não teremos Reforma Administrativa, não teremos nada além da continuidade de uma política que mantém as mesmas estruturas e não atinge meta senão aquelas de interesses exclusivos.
Há, claro, quem veja que está tudo bem, tudo legal, e que temos até, ai, ai, ai, um "projeto para o país". Não, não temos: vamos aos tropeções, aos soluços, às concessões, e tome banqueiro alegre, tome privatização de poços de petróleo, tome aumento de taxa de juros, tome ortodoxia...
... e, é claro, quando se tenta e não consegue, resta reclamar do Judiciário, até com razão, mas não basta. Cadê a capilaridade do governo com os movimentos sociais que poderiam oferecer suporte às mudanças estruturais? Não há. O governo prefere que a população veja Dilma como a "Mãe Dilma", Lula como "Papai Lula"...
Deixando claro que não sou contra a copa aqui, sou até muito a favor, mas vejo que, infelizmente, o que poderia ser excelente para o país, só será razoável. E não adianta colocar a culpa só nos "brequebroques". Se tivesse feito conforme projetado, com todas as obras de mobilidade urbana e sem vitimar moradores de áreas carentes, os governos só colheriam louros, principalmente se confrontassem os empresários das empresas de ônibus e até estatizassem os serviços para impedir abusos e locautes.
Mas não!... de concessão em concessão, vamos tropeçando, às vezes indo em frente, às vezes caindo no chão.
E tá duro de levantar.
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