por Filipa Alves, no Naturlink - Sapo Portugal
O relatório “Sustainable Development of Algae Biofuels” do National Research Council (NRC) conclui que, com a tecnologia atual, não é sustentável produzir a quantidade de biocombustíveis com base em algas suficiente para responder a 5% das necessidades energéticas do setor dos transportes nos EUA.
A análise realizada a pedido do Departamento de Energia dos EUA considerou as diferentes abordagens disponíveis para a produção de biocombustíveis a partir de algas – que apresentam vantagens em relação aos biocombustíveis criados a partir de milho ou açúcar porque não competem por espaço agrícola com os cultivos alimentares - mas o resultado foi animador: não é possível aumentar a escala da produção para atingir os 39 mil milhões de litros de biocombustíveis que representa 5% das necessidades dos transporte porque isso implicaria um consumo excessivo de água, energia e fertilizantes.
De concreto, a avaliação prospectiva do NRC calculou que, seriam necessários entre 3,15 L e 3560 L de água para produzir biocombustível à base de algas equivalente a 1 litro de gasolina, consideravelmente mais do que os 1,9-6,6 L necessários para a obtenção de gasolina. Por outro lado, o consumo de N (nitrogênio) seria de 6-16 milhões de toneladas, o correspondente a 44-10% de todo o N consumido atualmente nos EUA, e 1-2 milhões de toneladas de P (fósforo), o que representa 20-51% do consumo do mineral pela agricultura no país.
No entanto, os autores do relatório consideram que, no futuro, é possível que a produção de biocombustíveis a partir de algas a grande escala se torne sustentável através de desenvolvimentos tecnológicos que já estão em curso, como por exemplo a reciclagem da água e nutrientes usados, que garantam que cada etapa do processo é sustentável.
O relatório “Sustainable Development of Algae Biofuels” pode ser acesado aqui
O relatório “Sustainable Development of Algae Biofuels” pode ser acesado aqui
NOTA DOS INDIOS BOTOCUDOS
Essa analise de viabilidade foca a industria de fertilizantes químicos, imaginando que estes seriam os motores dessa transformação, mas não é!... a grande sacada vai ser usar nutrientes de esgoto.
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