por Miguel do Rosário, no seu O Cafezinho
Esta semana, a The Economist pediu a cabeça do nosso ministro da Economia, e fez críticas fortes à presidenta Dilma Rousseff. O engraçado nessa história é que, nos últimos anos, a mesma revista andou fazendo rasgados elogios ao governo brasileiro e jamais víamos nada na midia. Quando ela resolve criticar, de uma forma grosseira, torna-se uma das principais matérias do Jornal Nacional…
Em 2009, por exemplo, a revista inglesa fez um caderno especial sobre o país, abordando os acertos políticos e econômicos que estavam permitindo à decolagem do país rumo a um novo espaço no mundo. De lá pra cá, EUA e Europa assistiram suas economias enfrentarem aumento no desemprego, maior endividamento público e queda no poder aquisitivo de sua população. No Brasil, vimos o contrário. E é o nosso ministro que eles querem derrubar?
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Sei que não é aconselhável a gente se consolar de nossa miséria olhando miséria maior, mas acho que nesse caso, vale a pena dar um desconto para o erro de Mantega. O Banco Central alemão também se equivocou em relação ao crescimento do PIB da principal potência europeia em 2013:
(Notinha publicada na coluna da Miriam Leitão, deste domingo 09/12/12)
Os EUA também devem se deparar com um 2013 difícil.
(Gráfico publicado na página 49 do Globo de domingo 09/12/12)
Ou seja, o crescimento do nosso PIB está tímido, mas é de certa maneira proporcional às dificuldades enfrentadas pelas economias centrais. A Alemanha, a economia que tem o melhor desempenho da União Europeia, e um dos países mais ricos do mundo, deve crescer apenas 0,7% em 2012. Nós vamos crescer algo em torno de 2%.
De fato a Economist falou bobagem porque ele é um pau-mandado, a neo-keynesiana de <3 é a Dilma, mais que o Lula, que aplicou a doutrina em 2008 corretamente, e em 2010 para ganhar a eleição.
ResponderExcluirEstímulos econômicos que enriquecem montadoras e corretores de imóveis, não dá pra assinar embaixo. Aliás, nunca vi isto de produtos ficarem mais caros conforme são produzidos em mais escala...
Enquanto isto a infra-estrutura continua a M de sempre. O que é justamente a explicação dos preços altos. As pessoas precisam de carro e imóveis claustrofóbicos "bem localizados" (num país continental, onde cada um podia ter 1km2 de quintal) porque a infra-estrutura de transporte é precária. Valor sustentado por premissas podres.